VERGONHA: Matéria especial sobre o bullying escolar

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010 Postado por Allan Pitz 1 comentários
"Vergonha. Por esse motivo, eles tentam apagar esse escândalo da escola, do município"


Matéria especial e entrevista exclusiva com SILVIA RIBEIRO, mãe de uma estudante da cidade de Junqueirópolis, em São Paulo, de 12 anos, vítima de bullying. E também com o psicólogo Marcos Flávio Amaral de Andrade, que respondeu algumas perguntas sobre o bullying e seus efeitos.

Por Allan Pitz
Colaboração de Isadora Marinho


Até que ponto eu realmente sei o que ocorre com o meu filho? Já se fez essa pergunta? Refiro-me, principalmente, ao ambiente escolar dele. Embora seja o local onde as crianças e os adolescentes, supostamente, deveriam estar em total segurança, a escola pode assumir tanto a função de santuário como de campo de batalha. Isto é um fato.

De que forma os educadores e pais podem perceber as agressões sofridas pelas crianças, as torturas diárias? E mais: quem é qualificado, hoje em dia, e sensível, para identificar casos de bullying? Não posso me negar o pensamento de que alguns professores são seres de pedra (a rotina e o salário os endurecem) e que gostam de dizer que fulano é "fresco". Eu, na época de moleque, ouvia muito professor dizendo que fulano era fresco, que não agüentava brincadeiras. Que era "bobão".
Hoje, eu me pergunto: quem pode julgar a sensibilidade de uma criança, um ser que está em fase de desenvolvimento e precisa de apoio moral e educação disciplinar?! Apenas alguém preparado, muito bem preparado. Para tanto, não podemos mais empurrar o bullying para debaixo do tapete. As escolas devem admitir os casos - e não omiti-los, ou atribuir uma culpa não lógica ao aluno agredido. É hora de assumir os erros, e tomar um rumo claro de evolução.

É hora de enfrentar - e vencer - essa questão e servir de exemplo para o mundo inteiro. Investir na educação, de uma maneira geral. Mas admitir, e tratar, a questão do bullying em todas as escolas do Brasil.


Entrevista com Silvia Ribeiro Belamino da Silva, mãe de uma menina de 12 anos, vítima de bullying em uma escola do interior de SP:

Senhora Silvia, como foi, para os pais, descobrir que sua filha era vítima de bullying na escola?

R: Foi um sentimento inigualável, ficamos amortecidos e muito tristes... Por mais espaço que tenhamos dado para as nossas filhas conversarem conosco, por mais liberdade que damos e por mais amor que demonstramos, não foi o suficiente para a Marina nos confiar a história.

Antes do ocorrido, a senhora já tinha conhecimento sobre o bullying? Sabia o que era?

R: Sim, acompanhava reportagem e entrevistas sobre bullying, e em uma cidade vizinha (Dracena) estava na semana de uma campanha contra bullying quando descobrimos o fato.

Até que ponto eu realmente sei o que ocorre com o meu filho?

R: Na verdade, eu descobri que não sabemos muito, nossos filhos são uma eterna caixinha de surpresas, por mais que conversemos; mantenhamos-nos abertos para diálogo, não sabemos o que realmente ocorre com nossos filhos.

Sua filha contou sobre o caso ou a senhora descobriu de outra maneira?

R: Ela nos contou depois de tanto ficarmos em cima dela, e irmos com ela até a escola para esclarecermos, foi aí que ela abriu o jogo.


Como a escola tratou desse caso?


R: Com descaso, não deu muita importância, pois a direção da escola só pensa em arrecadar dinheiro, com almoços e festas. Mas em uma entrevista com o jornalista da TVI SBT, deu para ver a falta de responsabilidade. (está no you tube).

Sua filha recebeu algum tipo de apoio psicológico da escola, algum tipo de apoio ou retratação?

R: Nenhum apoio da escola e nem psicólogo, pois está com demanda e ela aguarda e só conseguimos na cidade vizinha para o final de janeiro/11.

Quais eram as ameaças que os outros alunos faziam?

R: Dar surras, e ameaças de que os meninos pegariam ela para fazer coisas que a “chefe” ordenasse. Fora que os marginais da cidade iriam pegar eu e o meu marido, junto com nossas filhas. Coisas assim.

A senhora acredita que muitos desses jovens são apenas crianças mal orientadas para a vida em suas casas e na escola?

R: Não, a índole também pode ser má e perversa, fora que a inveja é muito grande, ninguém vê o quanto trabalhamos, mas só vêem o que temos. Crescer o olho no bem alheio acaba sendo a saída mais fácil, ao invés de batalhar para ter o mesmo. A extorsão é basicamente isso.

Em sua opinião de mãe: como seria a escola ideal para seus filhos estudarem?

R: A escola ideal é aquela onde há segurança para todos os tipos de ações, aquela que defende o aluno contra todos os tipos de preconceitos; uma escola, aonde o aluno, além de ir para se instruir, aprende a ter mais respeito e amor ao seu próximo. Respeito pelos outros.

Não seria bom, para evitar o bullying, acrescentarmos ao currículo escolar a matéria: Igualdade e respeito, logo nos primeiros anos do ensino fundamental?

R: Com toda certeza, e moral também; não aquela que fica no caderno, mas aquela do cotidiano, do dia a dia, e dos bons trabalhos comunitários.

O que faltou por parte da escola, em seu ponto de vista, para evitar o ocorrido com sua filha?

R: Mais fiscalização, mais campanhas, mais preocupação comportamental, não somente preocupação financeira.

Você sente mudanças na sua filha, do ponto de vista do rendimento escolar e comportamental? Ela mudou depois desse episódio? Caso sim, o que você pretende fazer com isso?

R: Nos primeiros dias sim, mas agora está voltando ao normal. Ela mudou, cresceu intelectualmente, e só foi para a escola enquanto estava tendo provas, depois não foi mais.


Você a mudou de escola ou pensa em fazer isso?


R: Depois do fato, conversei com o diretor de outra escola e, por conta de estarmos no final de ano letivo, decidimos que é melhor esperar o próximo ano, e a vaga dela já está reservada para 2011.

Peço que deixe uma mensagem para todos os pais do Brasil.

R: Pais sejam vigilantes incessantemente, zelosos, amorosos, pois o mundo está lá fora para se aproveitar e devorar nossos filhos. Eduque-os bem, para que eles sejam lutadores, sem medo, enfrentando o dia a dia e acabando vez por vez com os seus leões. Sejam pacientes, mas sem serem moles, apóiem o seu filho, para que ele sinta sempre que podem contar com você. E ame, ame sempre, muito! Pois o amor suporta tudo, ajuda tudo, enfrenta tudo, vence tudo.

Link do caso no You Tube: www.youtube.com/watch?v=bM1taRHHnx8




A Psicologia do Bullying - Entrevista com o psicólogo Dr. Marcos Flávio de Andrade.

Primeiro, Doutor Marcos, muito obrigado pela gentileza de participar. Por favor, explique rapidamente para nós o que significa o termo bullying.

R: Eu que agradeço a oportunidade em poder esclarecer e ajudar sobre esta e qualquer outra forma de manifestação de violência e exclusão social. O termo inglês “Bullying” denota intimidação, humilhação, gozação, tirania, ameaça, perseguição, ofensa, bater ferir, descriminar, ignorar e por ai vai. É um tipo de violência moral e muitas vezes física que ocorre de forma sistemática e repetitiva entre alunos no ambiente escolar, e muitas vezes contam com a participação de professores seja de forma direta, por favorecimento e negligencia.

A criança que comete o bullying, a algoz (bully), por que ela faz isso? Seria uma pista de um transtorno psicológico, talvez uma psicopatia?

R:
Acho muito precipitado fazer qualquer apreciação diagnostica de maneira generalizada, é claro que poderemos encontrar traços de violência e abuso no histórico de vida de um psicopata ou perverso de qualquer ordem, mas traçar um perfil psicodiagnóstico sem avaliação cuidadosa em cada caso pode ser estigmatizante e igualmente violento. As razões que levam alguém a infligir dor, sofrimento e mal-estar a outrem, são diversas. No caso do bullying, vários autores que discutem e pesquisam o assunto citam a baixa autoestima, a necessidade de mostrar poder e/ou pertencer a um grupo, de ser popular, ter fragilidades sociais e/ou pessoais entre outros.

O que leva crianças a atacarem as outras, com nível de crueldade semelhante ao de adultos?

R: Ah, as crianças podem ser muito cruéis sim! Às vezes até mais que adultos. Nos não nascemos sabendo regras sociais, leis, comportamentos adequados, quando ou como devemos fazer isso ou aquilo. Tudo isso advém com a experiência, com vivencia, tentativa e erro, com exemplos bons ou maus com o que nos ensinam e fazem as pessoas que amamos e admiramos. As crianças são seres em formação e como tal devem ser bem acompanhadas, orientadas e bem educadas, devemos ensinar limites e possibilidades. Uma das boas maneiras de agenciar a formação de nossas crianças é sempre responsabiliza-las (em justa medida) por seus atos e escolhas, ainda que isso pareça incompatível com sua maturidade, pois não nos enganemos elas nos compreendem. Devemos pensar se o bullying é exclusividade das crianças, pois se um professor que ao não se da conta ou se aproveita do poder que está envolvido na relação professor-aluno pela posição que ocupa “daquele que detêm o saber”, para humilhar, oprimir ou abusar de alguma forma seus alunos, este também comete o bullying. E os trotes universitários que se configuram em agressões?

A que tipo de comportamento a escola deve ficar atenta para "flagrar" casos de bullying, antes que eles tenham causado danos por demais?

R: Não sei se podemos cotejar comportamentos específicos que anunciam a iminência do bullying sem certa precipitação, talvez até existam alguns, mas precisamos sempre intervir a partir do contexto e das singularidades de cada situação. Os profissionais que trabalham com educação (todos inclusive a cantineira, porteiro, pessoal da limpeza, etc.) devem estar atentos a sinais que podem ser indicativos de violência e abuso no âmbito escolar como isolamento, dificuldade de fazer “laço” e participar de atividades coletivas, baixa autoestima, baixo rendimento, tendências discriminatórias, rivalidades entre grupos e tribos e perseguições sistemáticas a um determinado individuo ou grupo entre outras coisas. A melhor maneira de lidar com o problema é a prevenção e esta pode ser feita com informação, orientação, acolhimento, responsabilização (responsabilizar o individuo por seus atos e torna-lo responsável em algum nível pelo bem estar de seu próximo, afinal o problema é de todos e não do fulano) promoção de atividades de convivência e coletivas. A promoção e o exercício da cidadania são fundamentais.

Qual o maior prejuízo psicológico que sofre uma criança vitima de bullying?

R: Segundo alguns autores, a violência na escola pode trazer desinteresse pelos estudos, êxodo (troca de uma escola para outra) ou evasão escolar (abandono dos estudos), depressão ou mesmo reações extremas de violência em atos (agressões) ou em representação (violência com animais, desenhos sinistros etc.).

Os professores, também, não deveriam estar preparados psicologicamente, para lidar com isso tudo?

R: dificilmente estamos “preparados psicologicamente” de antemão para enfrentar as dificuldades no trabalho ou na vida. O que podemos fazer é criar maneiras para lidar com mais precisão e qualidade em cada uma das situações que nos aparecem. A questão é: o que fazer com isso? Não só os professores, mas todos na escola inclusive os alunos e familiares precisam receber (in)formação adequada e permanente para lidar com o bullying e qualquer outra contingencia adversa que possa surgir naquela. É preciso fazer uma analise constante do cotidiano escolar e fazer sempre um “estranhamento” de tudo que está instituído. Por exemplo, o bullying só recentemente tem sido tratado como um problema grave, durante muito tempo, talvez toda historia social da criança na escola, a violência moral foi tratada com naturalidade, como “coisas de crianças”. É preciso que toda ação pedagógica seja, pegando emprestada uma expressão da saúde, viva em ato, que novas significações e potencialidades sejam engendradas para e por todos!

Como funciona o estigma cruel de "não fazer parte", para a evolução social e intelectual de uma criança?


R: Bom, sinceramente acho que isso depende de diversos fatores, mas o mais importante a ser considerado aqui é a singularidade de cada caso e de cada um envolvido e de como eles são atravessados, ultrapassam ou são tomados por esta experiência, e o mais importante, o que vão fazer a partir dela. Uma criança ou qualquer pessoa pode “não fazer parte” por escolha dela (por opção religiosa, ou pelos “outros” não servirem para se relacionar com ela.) e por isso passar a sofrer com abusos, violência e exclusão maior ainda.

Sempre a questão do diferencial... Por que as crianças tendem a atacar uma criança "diferente"? Partimos de qual princípio?


R: Interessante a sua pergunta, principalmente a segunda (Partimos de...), pois de alguma maneira nela já está claro que você é sensível ao fato de que não só as crianças, mas todos nos somos avessos ao diferente, pois ele é “ameaçador” ao que está estável, ao comum, corriqueiro, aos modelos hegemônicos. O diferente é um “vir a ser”, uma transgressão do “normal”, se é que assim posso me exprimir, e somos hostis a ele por mecanismo de defesa. Por isso uma boa maneira da escola lidar com questões que naturalmente surgem com o diferente, com a coletividade, a multiplicidade, é promover atividades/ações/agenciamentos de inclusão, de acolhimento, de vinculação e cidadania se apropriando positivamente dos espaços coletivos possibilitando questionamentos, desvios e intervindo em situações de conflito buscando uma circulação mais possível pelo “diferente”.

Como os pais podem identificar se o seu filho é um bully (agressor)? E como evitar esse desvio de comportamento, afinal?


R: Os pais são fundamentais na vida de seus filhos e devem estar presentes em tudo que diz respeito a ela. Trata-se menos de controle ou tutela e mais de cuidado e atenção, os pais devem ser parceiros de seus filhos e acompanhar sua vida social, incluída a escola. Ao serem mais participativos os pais tem mais condições de serem sensíveis a possíveis situações de violência. Como temos tratado aqui, a meu ver, o bullying ocupa outros registros e não se limita apenas a questões comportamentais, mas a impossibilidades de se estabelecer laços sociais diversos.

Já existe uma melhor forma de se combater o bullying, dentro da própria psicologia?

R: Não há uma “receita de bolo”, formula ou modelo, como já disse, dependerá de cada caso, da singularidade dos envolvidos e do contexto escolar e cultural em que ocorrer o bullying. A tarefa para prevenir e evitar a violência moral no âmbito escolar não se limita a psicologia, ela estende-se aos diversos ‘atores’ que compõem a educação, pedagogia, psicologia, administração escolar, os funcionários de apoio (faxineiros, cantineiros, inspetores, porteiros...) as famílias e até mesmo as secretarias municipais/estaduais de educação ou órgãos similares, o ministério da educação que podem compor algumas politicas publicas a fim de produzir novas formas de socialização nas escolas.



Marcos Flávio Amaral de Andrade.
Psicólogo, formado na PUC-Rio. CRP: 05/40287
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Uma história fascinante, reveladora, impactante! Opinião de Jacob Pétry

Postado por Allan Pitz 2 comentários


Opinião de Jacob Pétry, autor do livro O Óbvio que Ignoramos:

"Tive a oportunidade de ler o original do livro, muito antes dele sair impresso. A primeira coisa que senti foi: Wow... eu sempre fui um peixe de calças jeans! Imediatamente passei a perceber que, aquilo que eu considerava de mais enigmático, estranho e, muitas vezes, anormal, em mim, era meu maior tesouro. Não que eu já não sabia disso, mas o livro colocou um ponto final nessa questão e, pela primeira vez, consegui fazer as pazes com todos os apelidos perturbadores e humilhantes que me atribuiam na infância, por eu ter nascido de cabelo "cor de fogo"e com o corpo cheio de sardas. Foi um alívio. Queria ter lido esse livro aos 9 ou 10 anos. Se você tem filhos nessa idade, compre-o imediatamente... se não tiver.. bem, eu, aos 39, depois de ler bibliotecas inteiras, me descobri nele. Então, tente mesmo aos 50... quem sabe?
Beijo no coração de todos, parabéns Allan... e, muito mais: obrigado!"




Jacob Pétry é brasileiro radicado nos Estados Unidos. É autor dos livros O céu é de pedra, Ilusões Rebeldes, As Gêmeas, O enigma da mudança, (este em co-autoria com o sociólogo Valdir Bündchen), e O óbvio que ignoramos.

Fez sua graduação em filosofia, com enfoque em Karl Popper. Também aprofundou estudos em Sócrates, Platão, Rousseau, Descartes, Nietzsche e no ensaísta francês Michel de Montaigne.

Já residiu na Holanda e Espanha e atualmente vive em Nova Jersey, EUA, onde, ao longo dos últimos anos, dedicou-se ao estudo da psicologia da cognição humana, relacionando-a ao comportamento das pessoas que alcançam resultados extraordinários na vida.

O óbvio que ignoramos, seu livro mais recente, é a primeira obra onde revela suas descobertas nesse campo.


www.jacobpetry.com
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Alinne Moraes conta que já sofreu bullying

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"Alinne Moraes era chamada de Bocão da Royal"



Debora Luvizotto

Quem diria... Até Alinne Moraes já sofreu de bullying. A atriz, que hoje é cobiçada por muitos marmanjos, também já foi vítima de brincadeirinhas sem limite dos colegas na época da escola.

Em entrevista para o Jornal da Tarde, desta terça-feira (14 de dezembro), Alinne contou que, por ter lábios carnudos, sofreu com o apelido de “Bocão Royal”, referência ao personagem símbolo de uma marca de gelatina.

Hoje em dia o assunto está sendo muito discutido na sociedade e a atriz falou a respeito: "Sofri muito. Ainda assim, acho importante ressaltar que existe uma linha tênue quando se fala de bullying. É preciso entender quando é só uma brincadeira e quando ultrapassa os limites".





Notícia Vírgula
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Bullying: mantenha seu filho à distância

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Pais devem observar de perto se seus filhos praticam ou sofrem a intimidação frequente e encarar o problema



Fonte IG

Embora os pais da geração de crianças de hoje provavelmente já tenham sofrido bullying em seus dias escolares, de acordo com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, autora do livro "Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas" (Editora Fontanar), foi só a partir da década de 80 que o problema começou a ser propriamente analisado no mundo todo.

Recentemente, uma pesquisa realizada pela Universidade de Valência, na Espanha, constatou que este tipo de violência continua crescendo: o cyberbullying afeta aproximadamente 25% dos adolescentes daquela região espanhola.

A pesquisa entrevistou 2.101 adolescentes de 11 a 17 anos. Segundo Sofia Buelga, co-autora do estudo e pesquisadora da Universidade, 24,6% dos adolescentes sofrem bullying por meio do telefone celular e 29% pela internet. Mas existem também formas verbais e físicas de bullying. Durante o ano, o iG Delas abordou várias vezes o problema, ajudando os pais a descobrir se o filho é uma vítima ou pertence ao grupo daqueles que praticam o bullying. A partir daí é possível aprender a lidar com a situação.

A agressividade, a timidez e outros comportamentos antissociais, que podem terminar levando à prática do bullying, podem ser combatidos desde muito cedo. E também podem ser tratados de forma que você nem imagina: no simples convívio com bebês.Proteger a criançada desse tipo de comportamento é uma das principais preocupações dos pais atuais segundo enquete feita pelo iG Delas - depois de estabelecer limites e desenvolver nas crianças bons hábitos de alimentação.


Notícia Mídia News
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Bullying: Famosos contam casos e indicam como detectar o problema

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Por KIZZY BORTOLO


RIO DE JANEIRO - Ele, normalmente, começa nas escolas e é praticado por crianças e adolescentes aparentemente mais seguros de si, que zombam de colegas que são considerados mais tímidos e frágeis. Assim é o bullying, termo em inglês que denomina agressões físicas ou psicológicas que ocorrem de um aluno para outro, repetidas vezes e intencionalmente. Ou seja, trata-se de um tipo de agressão intencional, que ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas.

Cada vez mais presente nas escolas brasileiras, o bullying pode afetar de forma devastadora a vida das crianças e requer muita atenção. “Geralmente, as vítimas do bullying são crianças mais quietas, mais na delas, pouco sociáveis e que não possuem muita habilidade para reagir a esse tipo de agressão. A fase mais recorrente do problema é a partir dos nove ou dez anos, quando a criança mais agressiva e praticante do bullying procura se reafirmar perante o grupo, adquirindo um status social de maior destaque. E quem o pratica costuma ser mais inseguro do que parece, mas se sente melhor diante da submissão do outro”, constatou a psicóloga Jessica Puppin.

O que diferencia o bullying das demais brincadeiras e divergências normais entre as crianças é que ele acontece repetidas vezes e não tem uma motivação clara. O jornalista e apresentador do programa "Altas Horas", da Rede Globo, Serginho Groisman, encabeça campanha da sua emissora para falar mais abertamente sobre o tema nos dias atuais. No vídeo institucional sobre a campanha, ele apontou que “humilhar, excluir, discriminar, dar apelidos ofensivos, espalhar mentiras no mundo real ou virtual, tudo isso é inaceitável e considerado bullying”.

A ação nasceu no início do ano depois um debate promovido por Groisman durante seu programa. Naquela oportunidade, o estudante Felipe Matos levantou-se na plateia e, num depoimento emocionado, revelou perante todos que era vítima dessa violência em seu colégio. Desde então, o apresentador vem realizando ações para divulgar a campanha "Altas Horas contra o Bullying".

Ele afirmou por meio do site do seu programa que tais atitudes são de péssima conduta social e acaba sendo também um reflexo da falta de educação familiar, como a falta de impor limites, de noções de convivência, respeito e solidariedade. “Para mim, esses valores são imprescindíveis quando pensamos em educar uma criança, um jovem cidadão, portanto, precisamos começar a nos mobilizar em conjunto”, confessou.

O filme da campanha possui 30 segundos e foi criado pela Central Globo de Comunicação. Nele, o apresentador convida as pessoas a debaterem o assunto com seus filhos, alunos e amigos. Feito para entrar no ar nos intervalos da programação da emissora, o vídeo conta com o apresentador esclarecendo o que é o bullying e fala também sobre o “cyberbullying”, buscando orientar melhor crianças e adolescentes que o desconheçam, e claro, também para chamar a atenção dos pais e mães que tenham interesse em compreender melhor essa “violência” muito comum nas escolas e, de modo devastador, abrangendo também sites de relacionamento, da Internet para o mundo.

Com o desenvolvimento da tecnologia, atualmente o bullying tomou estas proporções virtuais. De acordo com estudo realizado pela professora de psicologia da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, Ann Frisén, cerca de 10% de todos os adolescentes, entre 12 e 15 anos, são vítimas do cyberbullying. Neste caso, o problema pode se tornar ainda mais sério.


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Cordel vira arma contra bullying na rede escolar

domingo, 19 de dezembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários
Para lembrar o primeiro ano de vigência da Lei contra o Bullying, a Confraria da Educação e a Faculdade Maurício de Nassau lançaram nessa quinta-feira (16) o cordel Bullying Escolar. A publicação busca esclarecer estudantes, pais e educadores sobre as medidas para prevenir e diagnosticar a violência nas escolas através de linguagem simples da cultura popular. No evento, também foram divulgados os resultados da pesquisa Bullying 2009/2010.

Com uma tiragem de 20 mil exemplares e mil cartazes de divulgação, a publicação será distribuída para as escolas privadas do Recife e da rede pública do Estado. Os interessados também podem conseguir um exemplar na sede da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (OAB-PE), na Rua do Imperador Pedro II, bairro de Santo Antônio, Centro.

Nos versos do cordel é abordada a questão da violência escolar, mostrando como ela acontece, sintomas que uma vítima de bullying apresenta e maneiras de prevenir. A questão do cyberbullying, que acontece na internet através das redes sociais, também é abordada na publicação.

Para o advogado Inácio Feitosa, um dos autores do cordel, a repercussão da cartilha será maior do que a que foi lançada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em outubro. “A cartilha do CNJ foi disponibilizada apenas pela internet, o que diminui muito o contato com a população, já que nem todos têm acesso a computador. Como a deles, a nossa pode ser baixada na internet, mas disponibilizamos também a versão impressa.” A ideia é levar o material para ser utilizado dentro das salas de aulas. “A linguagem do cordel é bem mais simples do que a de uma cartilha tradicional. O lirismo e os fatores culturais servem para facilitar o entendimento das pessoas e possibilitar, por exemplo, que professores utilizem a publicação em atividades escolares”, disse o advogado Isaac Luna, que também colaborou na elaboração do material.

Para massificar o acesso do cordel em todas as regiões do Estado, a OAB-PE vai disponibilizar exemplares nas 24 sedes da instituição distribuídas pelo interior. “Uma ação desse tipo não pode ficar focada apenas na Região Metropolitana. É preciso interiorizar a campanha, e é nesse sentido que a Ordem vai trabalhar”, disse o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano.

PESQUISA - Ontem também foram divulgados os resultados da pesquisa desenvolvida pela Confraria da Educação em parceria com o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau sobre bullying. As entrevistas foram realizadas com 2.350 estudantes do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes que participaram da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009 e 2010. No primeiro ano da pesquisa, apenas 50% dos entrevistados declararam já ter ouvido falar em bullying. Esse ano, o percentual aumentou para 73,8%. “Um dos fatores que proporcionaram esse aumento foi a cobertura de casos de bullying feita pela mídia”, explicou Inácio Feitosa, que coordenou a pesquisa. Esse ano, apesar da evolução, apenas 9% dos jovens afirmaram conhecer alguma instituição de ensino que adotou medidas para punir a prática de bullying.




Notícia JC Online
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Apesar de presente, bullying ainda é velado; defensoria não recebe denúncia da prática

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários

Vítimas relatam as perseguições e humilhações sofridas em escolas


Taís Iatecola
Agência BOM DIA


Quantos filmes já assistimos com a cena clássica dos grandalhões da equipe de futebol que infernizam a vida do protagonista da trama, geralmente franzino e indefeso? É claro que a resposta é: muitos.

As perseguições, os xingamentos, o isolamento, as humilhações não param durante boa parte da história, até que o mocinho se rebela e se dá bem no final. O roteiro é o mesmo da ficção, contudo, na vida real, apesar das semelhanças (que não são poucas), o final feliz não é o mesmo para a grande maioria das vítimas de bullying.

Cúmplices em um pacto de silêncio, muitas crianças e adolescentes passam por essa dura experiência sozinhos.

É o caso da gerente de loja Maria Cecília (nome fictício), hoje com 26 anos. “Tudo começou quando na última série do ensino médio juntaram duas turmas diferentes na mesma classe. Eu me sentava nas primeiras carteiras e tirava boas notas, era referência para os professores, só que isso não agradou”, conta.

Foi o que bastou para começar a rejeição, o isolamento e as zombarias. “Contavam mentiras e fui perdendo as pessoas. Certa vez, terminei uma prova e saí da sala. Um deles foi até a minha carteira já com cola em mãos e fingiu que tirou esse papel de dentro do meu estojo.”

A maldade poderia ter parado por aí, mas não. Quase no final do ano um episódio marcou profundamente a gerente de loja. “Sentaram-se quase todos de um lado da sala, me deixando sozinha do outro e colocaram sobre as carteiras a espada de São Jorge e sal grosso.

Quando os professores perguntaram o porquê daquilo, disseram que era para afastar mau olhado. Nunca contei nada para minha mãe ou denunciei por vergonha, porque no fundo achava que a culpa era minha e tinha medo deles acharem o mesmo. A escola não se manifestou, simplesmente se omitiu. Quase perdi o ano.”

Hoje a gerente, que se formou em gestão de pessoas, diz ter superado essa fase difícil, fez terapia e passou a se conhecer melhor.

Casos como o de Maria Cecília são mais comuns do que se pode imaginar. Às vezes o desfecho não é parecido, chegando a agressões físicas e, em casos extremos, à morte. Apesar de esse tipo de ação existir e estar presente, principalmente no ambiente escolar, a sociedade ainda não tem a cultura da denúncia.

“É uma violência velada, mas sabemos que existe. Contudo, aqui na Defensoria, não atendemos nenhum caso ainda”, explica a defensora pública Cássia Zanguetin Michelão.

Ela comenta que é preciso que os pais e professores estejam atentos ao problema e que campanhas de respeito à diversidade sejam incluídas na aprendizagem dos jovens.

“É necessário que essas pessoas tenham acesso a essas informações, que aceitem a diversidade. Muitas vezes os jovens reproduzem ensinamentos de incivilidade e os pais devem estar atentos a isso. Eles precisam aprender que existem regras e elas têm que ser respeitadas No caso do bullying acredito que a palavra chave é prevenção.”

O BOM DIA procurou a Secretaria de Estado da Educação para saber sobre número de denúncias de bullying em escolas da região, entretanto a assessoria não respondeu aos questionamentos. Apenas informou que mantém 12 professores-mediadores atuando em 11 escolas através do Sistema de Proteção Escolar.

Vítimas que queiram denunciar a prática de bullying devem procurar a Defensoria Pública do Estado, que fica localizada na avenida Sampaio Vidal, 132.

Para especialista, bullying é um problema social
Segundo a psicóloga Lisete Horn, o bullying é um comportamento hostil, consciente e repetido, praticado por um ou mais indivíduos com a intenção de prejudicar ou ofender os outros. “Tem muitas formas e vai do mais grave, que se caracteriza pela violência física, aos ataques verbais.”

Para ela o bullying não é um problema de raiva ou revolta, mas uma questão grave de um sentimento de aversão e desprezo com relação a alguém. “É um problema social e acontece em qualquer lugar. É profundamente perturbador à saúde mental.”

Lisete comenta que os pais devem estar atentos aos sinais de que os filhos estão sofrendo bullying, como mudanças no comportamento - ficam mais quietos, irritados e tristes. “Deve-se acabar com o mito de que se intervir a violência vai aumentar. Pesquisas mostram que o bullying acaba quando uma autoridade entra em cena.”

A psicóloga trata pacientes vítimas de bullying com psicoterapia cognitivo- comportamental, juntamente com a família. “Pode chegar a transtornos maiores que requerem uso de medicação psiquiátrica”, concluiu.

Vítima transforma dor em superação e educa jovens
A estudante do último ano de psicologia, Karina Zanini Marques da Silva, 29 anos, foi vítima de bullying também no ambiente escolar. “Me mudei para Marília em 1995, morava em Rondônia. Meu pai tinha uma padaria, então eu era conhecida como patricinha. As pessoas me isolavam e zombavam de mim. Era um terrorismo psicológico. Cheguei a perder um ano. Apesar de reclamar, os professores e diretores nada fizeram.”

Ela conta que quando iniciou o curso de psicologia teve que fazer terapia. “A psicóloga me disse que eu enfrentei naquela época uma depressão sozinha. Só depois que me tornei adulta fui capaz de falar com alguém sobre isso. Hoje conto minha história para os alunos que assistem às minhas palestras de orientação e prevenção do bullying.”

Com alunos de uma escola de ensino fundamental, Karina pintou muros com mensagens de tolerância e respeito à diversidade. “Eles adoraram e entenderam que não são impotentes e podem mudar a realidade.” Além das palestras, Karina também exibiu vídeos sobre o bullying em outras escolas, inclusive uma particular.
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Campanha contra o bullying é lançada

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Por Vitor Oshiro


Uma piada de mau gosto com um colega. Uma “tiração de sarro” com um amiguinho devido ao modo como ele fala. Um grupo falando mal e excluindo uma garota devido ao seu peso. Tais ações existem há tempo, porém, agora passaram a ser vistas com mais atenção pelos órgãos públicos e, desse modo, a palavra “bullying” - que conceitua exatamente práticas como essas - entrou na moda. Exatamente por isso, ocorreu na tarde de ontem, o lançamento institucional do programa “Acolhimentos SIM, ‘bullying’ NÃO” no auditório da Prefeitura de Bauru.

O programa é uma parceria da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, com a organização Humaniza Brasil e ainda conta com o apoio institucional da subseção bauruense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Secretaria de Estado de Educação, da Diretoria de Ensino de Bauru e do Sindicatos dos Professores de Bauru e Região e o das Escolas Particulares.

Segundo a Secretária Municipal de Educação, Vera Caserio, o programa de redução do comportamento agressivo nas escolas tem um caráter muito importante exatamente na junção de forças. “Todas as instituições parceiras já tomavam medidas contra a prática do bullying. A rede municipal já tinha um trabalho grande nesse ponto. Com esse projeto, iremos articular todas essas ações e ter uma efetividade maior. É uma maneira de trabalhar de modo coletivo e mais forte”, explica.

O idealizador do programa e coordenador da organização Humaniza Brasil, o professor Reginaldo Tech, afirma que a intenção é agir de forma mais intensa nas medidas preventivas do bullying. “Queremos agir em um ponto anterior. Discute-se muito a parte corretiva e realmente isso é muito importante, porém, queremos pensar em prevenir e evitar que essa prática aconteça”.

Ele explica que, para isso, serão realizadas uma série de oficinas culturais focadas no acolhimento, relação saudável e cooperação com o próximo. “Esta fase inicial do programa é realizar um planejamento dessas ações. A segunda parte é realmente colocar essas medidas em prática em 2011. Queremos estudar tudo de forma correta para saber como motivar os gestores a trabalhar de forma efetiva com a questão”, completa.

Além de oficinas, serão promovidas rodas de conversas sobre filmes com a temática do bullying, grupos de redes de relacionamentos, montagens no cineclube, oficinas de criatividade, ações criativas, entre outras medidas.

Mais um ponto importante do programa são as diferentes visões que incidem sobre o problema, ao passo que congrega várias instituições. De acordo com o representante da OAB de Bauru Antônio Carlos da Silva Barros, “além da leitura legalista, estão sendo pensadas leituras do espaço educacional, dos próprios gestores, da família e até mesmo psicológicas, com os danos que o bullying causa nas pessoas afetadas”.

Por meio da assessoria de comunicação, o prefeito Rodrigo Agostinho afirmou que “este é um excelente momento para começar um movimento de ação contra o bullying, pois já vai começar a fase de planejamento para 2011 e a sociedade toda, inclusive pais e alunos, precisam participar ativamente”.


Ainda de acordo com a secretária de Educação, Vera Casdrio, apesar de já haver instituições de diferentes níveis envolvidas, o programa “Acolhimentos SIM, ‘bullying’ NÃO” ainda está aberto a quem queira ajudar.

“O bullying não ocorre somente na escola. A educação é uma área muito importante nessa questão, porém, não é a única. A sociedade e a comunidade devem participar também. Queremos que mais instituições se juntem nessa parceria. Quanto mais coletivo, mais forte é nosso poder de convencimento e conscientização”, conclui a secretária.



Combate


Há aproximadamente dois meses, a Câmara de Vereadores de Bauru aprovou um projeto de lei sobre conscientização, prevenção e combate ao bullying nas escolas. Segundo o projeto, de autoria do vereador e presidente da Câmara, Luiz Carlos Barbosa (PTB), qualquer caso da prática detectado nas unidades municipais de ensino devem ser reportados à Secretaria Municipal de Educação e aos pais dos alunos.

Na mesma época, o Colégio COC manteve um projeto de combate ao bullying em suas unidades. Inclusive, na ocasião, foi contratado o professor Gustavo Silva Baptista, pesquisador sobre o assunto, para atuar como consultor e condutor do programa.

O bullying é caracterizado por atitudes agressivas, intencionais e constantes proferidas por um ou mais estudantes contra o outro, resultando em dor, angústia, medo e vergonha na vítima.



Notícia Jornal da Cidade de Bauru
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Pesquisa mostra como jovens encaram o bullying

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários
Por Redação Pantanal News/Portal Educação


Um estudo publicado no periódico Child & Youth Care Forum na Suécia aponta que 42% dos adolescentes entrevistados pelos especialistas culpam a vítima pelo bullying. Os jovens indicam que o ato violento é visto como uma questão de complementaridade das características individuais dos bullies (aqueles que cometem o bullying).

Para a realização da pesquisa, foram entrevistados 175 adolescentes com idades entre 15 e 16 anos. Todos responderam questionários e participaram de entrevistas presenciais. Segundo os dados recolhidos pelos pesquisadores, cerca de 70% dos estudantes atribuíam aos bullies (agredidos) como os principais culpados pela violência.

“O estudo nos mostra um dado preocupante em que os adolescentes colocam a culpa da violência praticada na própria vítima. Isso mostra como os jovens de hoje não possuem valores morais e não se preocupam com as outras pessoas. Vale destacar que é de fundamental importância a participação da família na formação destes valores”, salienta psicóloga e tutora do Portal Educação, Denise Marcon.

De acordo com as opiniões dos jovens, ser “diferente” era razão de ocorrer o bullying. Os especialistas apontam que a pesquisa é capaz de trazer novas concepções sobre o bullying do ponto de vista do comportamento dos adolescentes.



Notícia Pantanal News
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Escritor carioca lança livro sobre bullying - Jornal O Debate de BH

terça-feira, 7 de dezembro de 2010 Postado por Allan Pitz 1 comentários



Em meio ao clima de guerra e insegurança que envolveu a cidade maravilhosa, uma boa notícia chega do Rio de Janeiro para todo o Brasil.

O escritor carioca Allan Pitz lançou recentemente o livro infantil contra bullying Um Peixe de Calças Jeans (Editora Livro Novo), que promete acabar de vez com a agressividade infantil nas escolas, através de cinco historinhas subconscientes em sintonia de paz. Para o escritor, seu livro é diferente porque não mostra a obviedade do assunto “bullying” para as crianças, ele apenas sintoniza suas mentes numa freqüência de paz e integração, valendo-se de historinhas onde a amizade e a aceitação de grupo superam todas as barreiras impostas.

A teoria é realmente muito ousada, e baseia-se nas obras de dois homens lendários: Mahatma Gandhi (criador do Satyagraha – movimento de não agressão) e Joseph Murphy (autor do livro O Poder do Subconsciente). Chama atenção também, o fato de Allan Pitz não ser autor de livros infantis (seu livro de maior sucesso até aqui é a novela cult A Morte do Cozinheiro), e de sua única motivação para escrever esse trabalho elaborado ter sido o bullying covarde sofrido na infância. Allan Pitz declarou ainda que os mais qualificados para falar sobre o assunto são os adultos que sofreram, mas superaram com dignidade as agressões da infância.



JORNAL O DEBATE
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Governo Dilma herdará processo de implantação do Programa Nacional de Direitos Humanos

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010 Postado por Allan Pitz 1 comentários

“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, diz o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é de 1948. Já se passaram 62 anos desde então, e são vários os países que ainda trabalham para transformar essa frase em garantias reais a suas populações.

No Brasil, a terceira edição do PNDH (Programa Nacional de Direitos Humanos) traz um roteiro com mais de 500 ações para concretizar a promoção dos direitos humanos ao longo da próxima década. À presidente eleita, Dilma Rousseff, caberá dar sequência ao trabalho de implantação desta enorme peça, elaborada a partir de discussões ocorridas na 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, feita em dezembro de 2008, e em 50 encontros temáticos promovidos desde 2003.

Instituído por decreto presidencial em dezembro de 2009, o PNDH-3 abarca uma ampla agenda, que inclui temas como política externa, incentivo ao desenvolvimento sustentável, segurança pública, combate à fome e à pobreza, reforma agrária, erradicação do trabalho infantil, respeito às comunidades indígenas e quilombolas, enfrentamento do bullying no ambiente escolar e na internet, políticas de atenção ao idoso e de acesso à educação e aos serviços de saúde, entre outros.

Segundo estimativas da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, até o mês de outubro, das 519 ações existentes, 257 foram pelo menos parcialmente executadas. Ou seja, quase a metade delas já começou a sair do papel, em um processo que é caracterizado pela interlocução entre várias instâncias do poder público.

Entre os pontos da extensa pauta do PNDH-3, estão a criação da Comissão Nacional da Verdade, que ficará responsável por apurar violações dos direitos humanos cometidas em contextos de repressão política, a instalação de um Observatório Nacional dos Direitos Humanos para subsidiar o trabalho de monitoramento das políticas públicas, e a expropriação de imóveis rurais e urbanos em que forem encontrados trabalhadores em condição análoga à escravidão. Outros tópicos que também estão previstos no programa e já são motivo de debate são os que envolvem direitos da população homossexual, como a união civil e a adoção, além da lei que criminaliza a homofobia.

Para acompanhar a concretização do PNDH-3, foi criado um comitê de monitoramento, que conta com representantes de 21 ministérios. A este grupo cabe elaborar planejamentos bianuais para que as ações propostas sejam colocadas em prática. Atualmente, o órgão discute o que será destacado como prioridade para 2011 e 2012. A secretária de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Lena Peres, que coordena o grupo, explica que o trabalho está em fase de conclusão. No início de dezembro, haverá um novo encontro, em que todos os participantes farão os últimos ajustes às propostas que serão levadas adiante.

- Ainda temos alguns ministérios que não fecharam suas principais ações. Todos estão trabalhando. [Os ministérios da] Saúde e [da] Justiça, por exemplo, fizeram um comitê interno para elencar as ações que ficarão para esse plano bianual.

A reunião de dezembro servirá para que todos os ministérios presentes no comitê finalizem o planejamento para os dois anos seguintes. O próximo passo, segundo Lena, será levar essas diretrizes ao novo governo, o que deve ocorrer em um encontro marcado para fevereiro. Caberá à equipe de Dilma, caso haja a intenção, fazer ajustes.

- Sabemos que estamos trocando de governo e, embora seja um governo do mesmo partido, teremos novos ministros e dirigentes. Esse plano [bianual] é um elenco de intenções do fim deste governo. Provavelmente nas reuniões de fevereiro e março, vamos ter um panorama dos novos dirigentes, quem sabe elencando novas ações ou fazendo uma revisão das que foram apontadas pela equipe do governo do presidente Lula.

A secretária adianta que nenhum ponto polêmico será incluído na pauta para os próximos dois anos. Segundo ela, alguns dos temas selecionados são o combate à homofobia, o enfrentamento da violência contra a criança e o adolescente, políticas de atendimento ao idoso e de proteção à pessoa.

Continuidade

Para José Gregori, que foi o primeiro secretário nacional de Direitos Humanos e hoje preside a Comissão Municipal de Direitos Humanos de São Paulo, um dos traços que caracterizam a adoção de políticas da área no Brasil é a continuidade - o que, segundo ele, deve fazer com que Dilma olhe para o assunto como uma “questão de Estado, e não de governo”.

- No Brasil, após a reinauguração da democracia, a questão dos direitos humanos tem se caracterizado pela continuidade, tem uma natureza mais permanente, que de certa forma fica abrigada contra paixões partidárias, eleitorais e políticas. Isso é um sinal de avanço da democracia brasileira.

O sociólogo Marcos Rolim, que foi deputado federal pelo PT gaúcho e é um dos especialistas que participaram da consolidação do PNDH-3, chama a atenção para a ameaça representada por “posições conservadoras” que integram a base de apoio do governo Lula e que poderão aumentar seu espaço na gestão de Dilma.

- Eu temo que o futuro governo siga sendo limitado pelas posições conservadoras que ofereceram sustentação política no Congresso ao governo Lula, e que o PMDB, agora com a vice-presidência, tenha uma influência ainda maior, o que daria razões para novas dificuldades.

Rolim lembra que, embora a temática dos direitos humanos não tenha sido uma das frentes mais exploradas na campanha eleitoral, Dilma apresentou como principal compromisso a erradicação da miséria.

- Espero que corresponda a um conjunto de iniciativas de inclusão e a uma política econômica mais ousada, no sentido da distribuição de renda e da construção de um ‘Estado de bem-estar’.



Notícia R7
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Lerin pede psicólogo nas escolas para combater bullying

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Jornal da Manhã (Uberaba)

Introduzir psicólogos nas escolas públicas, para observar o comportamento dos alunos, e identificar possíveis assédios por parte de outros estudantes, evitando a hostilidade física e moral, é proposta do socialista Antônio Lerin para combater a agressividade que ganhou nomenclatura internacional: bullying.

Ofício enviado ao prefeito Anderson Adauto (PMDB) externando o assunto, justifica a necessidade, respaldando a falta de preparo ou o menosprezo dos pais para detectar que o filho é vítima de chacotas.

O adolescente pode assumir duas posturas. A primeira é a retração diante dos colegas e, por consequência, a queda no rendimento escolar. A segunda é agredir o colega partindo para a violência física.

Lerin salienta que as escolas do Estado também podem aderir à ação municipal, contratando profissional habilitado. Muita gente, segundo o vereador, não busca auxílio psicológico por preconceito e vergonha.

Estudo recente da Universidade Federal de São Carlos apontou que o bullying afeta quase a metade dos alunos e três escolas públicas pesquisadas na cidade. Dos 239 adolescentes entre 11 e 15 pesquisados, 47% afirmaram ser alvos de
colegas na escola.

Em decisão recente, o juiz Luiz Artur Rocha Hilário, da 27ª Vara Cível de Belo Horizonte, condenou estudante da 7ª série a indenizar em R$ 8 mil uma colega de sala, devido à prática agressiva.

“Como ainda existe dificuldade em se identificar o bullying nas escolas, solicitei ao prefeito que analise a possibilidade de contratação de profissionais da área da psicologia para identificar tais situações e sugerir medidas para combater o problema, orientando, inclusive, os pais e docentes”, salienta.




Jornal da Manhã
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Pernambuco faz mobilização contra bullying homofóbico

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É a campanha ´Educação sem Homofobia
`


Distribuição de material informativo, apresentação de peças de teatro e oficinas fazem parte da mobilização, que acontece no Parque 13 de Maio, no Recife, contra o bullying homofóbico nas escolas públicas.

A campanha "Educação sem Homofobia" é promovida pelo Sincato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco - o SINTEPE. As Secretarias de Educação e Saúde do Estado são parceiras da campanha.

De acordo com os organizadores, a escolha do tema foi motivada pelo crescente número de casos de agressões a homossexuais.


Notícia do site Athos
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O Peixinho da Paz em Moçambique

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários

O Jornal O País, um dos maiores de Moçambique, publicou nesse dia primeiro de dezembro uma matéria especial sobre o livro Um Peixe de Calças Jeans.
Na versão on line do jornal poderemos ver um trecho da matéria, e a matéria completa na versão impressa.


Um peixe pela paz no Rio - Matéria da Redação

Após uma maré de violência que atingiu a cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, vem a calmaria e a boa nova que é o mais recente livro do escritor carioca, Allan Pitz.

A obra, que segundo o autor, é uma arma para combater a agressividade infantil nas escolas através de cinco histórias subconscientes em sintonia com a paz. Intitulado “Um Peixe de Calças Jeans” – este é um livro diferente e um desafio na carreira do seu autor, que não é escritor do género infantil e, mais ainda, o mesmo não retrata o “Bullying” de forma óbvia para as crianças; ele apenas estimula as suas mentes a sentimentos pacíficos, valendo-se de historinhas onde a amizade e a aceitação de grupos superam todas as barreiras impostas.

Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»


JORNAL O PAÍS
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Menina pagava colegas de classe para não ser agredida em SP

sexta-feira, 26 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 2 comentários


Da Redação, com Band TV Presidente Prudente
cidades@eband.com.br


Uma menina de 12 anos foi vítima de bullying e extorsão dentro de uma escola estadual em Junqueirópolis, na região de Presidente Prudente. Com medo de apanhar de alguns colegas de classe, ela era obrigada a dar dinheiro.

No total, a menina chegou a pagar mais de R$ 850 em dinheiro a cinco colegas de classe. Em um dos bilhetes que recebeu, ela foi ameaçada caso o valor não fosse pago. A mudança de comportamento da filha foi o que chamou a atenção da mãe.

O diretor da unidade garantiu que os suspeitos foram punidos com suspensão. Para a mãe da estudante, a escola foi omissa por não ter comunicado aos pais dos agressores sobre o incidente. Uma conselheira tutelar afirma que, em casos como esse, o ideal é pedir apoio ao conselho.




Notícia Band
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Justin Bieber participa de campanha contra o bullying

Postado por Allan Pitz 1 comentários
O cantor Justin Bieber participou da campanha contra o bullying "It Gets Better". O astro teen já declarou que sofreu esse problema, agora quer ajudar aos que sofrem com o bullying. "Não é legal ser um valentão. Diga às pessoas se você ver alguém sofrendo bullying", falou o cantor.



Veja o vídeo da campanha contra o bullying:


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Livro revolucionário contra o bullying escolar - Um Peixe de Calças Jeans

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Notícia do site jornalístico Plantão News, do Mato Grosso (MT).



As crianças precisam aprender o sentido de união, igualdade e respeito desde o início da jornada. Atuando nesse pensamento, Um peixe de calças jeans e outras histórias para unir traz em sua linguagem simples e acessível histórias curtas e assimiláveis que visam eliminar os preconceitos sutilmente. Agindo no subconsciente formador das crianças. Enriquecendo-as moralmente.

A ideia desse livro brotou pelas inspiradoras teorias de Dr. Joseph Murphy (1898 – 1981), autor do livro O Poder do Subconsciente (título original em inglês: The Power of your Subconscious Mind), onde defende a tese de que a mente subconsciente (responsável pelo sono, memória, batimentos cardíacos e outras muitas funções do corpo) ao aceitar uma idéia, começa imediatamente a pô-la em prática. Segundo Murphy, a mente subconsciente aceita tudo que lhe é sugestionado de forma vigorosa e constante; assim, podemos adicionar as informações boas e benéficas sobre o que quisermos.
Em Um Peixe de Calças Jeans, a teoria subconsciente é usada para o bem mais pacífico e precioso de todos: o amor fraterno de nossas crianças. A paz. E a união incondicional entre as pessoas.

A proposta maior deste livro é ajudar na diminuição da ocorrência de bullying (repetidas agressões psicológicas e/ou físicas) não só nas escolas, preparando o futuro cidadão de bem para as diferenças que o mundo oferece, construindo uma nova geração mais fraterna, livre dos bloqueios preconceituosos gradativamente impostos.

Trecho da obra
“Mesmo que o cardume, no começo, estranhasse um peixe de calças jeans nadando, ninguém poderia negar sua vitória e o mundo novo que vinha boiando. Por isso, a turminha do mar não esquece a coragem do peixinho. De calças jeans a flutuar, com nadadeiras de pano a brincar, sempre cercado de amigos.”

Como funciona o Peixinho Jeans?
O livro Um Peixe de Calças Jeans se vale de uma teoria super inovadora e original contra o bullying infantil. Ele ergue suas bases sintonizadas nas teorias de Murphy e Gandhi, fundamentando o que podemos chamar de Satyagraha subconsciente.
O livro conta com cinco historinhas contra o bullying infantil, e cada uma dessas histórias carrega uma sintonia específica de paz e união, trabalhando no sentido da aceitação, e do estímulo de grupo das crianças. As histórias são interessantes, comuns, mas falam primeiramente ao subconsciente infantil, onde deposita todas as metas de convívio e união.
Todas as histórias terminam glorificando os benefícios da amizade e do amor. As questões se resolvem em paz. No entanto isso se faz de maneira única, em mensagens sintonizadas numa freqüência específica de união e não-violência. As histórias são curtas para que o subconsciente assimilador não perca as instruções no caminho.
Quanto mais as crianças lerem os mesmos textos, mais vezes seus subconscientes estarão absorvendo as ideias integradas de paz, e a tendência é o fim das agressões preconceituosas no grupo de convívio. A ideia é simples, o núcleo da proposta é a mensagem de integração, e de uma maneira que a criança se divirta com os personagens enquanto aprende os caminhos da aceitação. Ela não mais deverá agredir ou ser agredida, ela saberá que a agressão é muito errada, está fora dos caminhos de aceitação, e começará a se defender também. Um Peixe de Calças Jeans não é um livro subconsciente para construir pacifistas; mas sim, um livro pacifista para construir crianças conscientes e íntegras.
Esse não é um livro infantil comum, meus amigos, é uma freqüência fina de paz e união contra o bullying, baseado na obra de dois homens incrivelmente singulares. Um estudo original, inteligente e inovador.

As histórias
* Um Peixe de Calças Jeans (O peixinho precisa das calças jeans especiais para nadar como os outros do cardume)
* O Menino de Algodão (O menino não pode brincar muito, pois o algodão é sensível demais às condições climáticas)
* A Menina Cor de Rosa (a menina sofre pelo diferencial de sua cor rosa choque)
* O sapo que não comia mosca (O sapinho Botão tem dificuldade para caçar moscas e se relacionar com outros sapinhos no brejo)
* O Gigante da Goiabeira (Um anãozinho que cresceu no vilarejo dos gigantes)

Sobre o autor

O escritor carioca Allan Pitz autodenomina-se com humor: “Escritor por maioria de votos, contador de histórias, visceral, humano, Ph.D nas próprias reflexões e estudos solitários sobre tudo”.
Diferente de todos os seus trabalhos publicados, em Um Peixe de Calças Jeans Allan Pitz cria uma alegoria simples, infantil, onde dissemina com desenvoltura ímpar, belíssimas mensagens de união e não-violência entre as crianças, tendo como base sólida um longo estudo da Teoria Subconsciente de Dr. Joseph Murphy. E a idéia central do Satyagraha (movimento de não violência, desenvolvido por Mahatma Gandhi).
A experiência do autor, com o bullying sofrido na infância, acabara sendo o grande fator motivacional para Allan escrever o que, talvez, seja um dos seus raríssimos trabalhos para fora, especificamente, do público leitor adulto. Um trabalho raro e de muito valor humano.

Link original: http://www.plantaonews.com.br/conteudo/show/secao/51/materia/25419
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A missão do livro Um Peixe de Calças Jeans

terça-feira, 23 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 2 comentários


Nadando nas ondas de paz.


A inspiração
Há muitos anos atrás, dois homens fascinantes e inteligentes pisaram sobre a face da Terra. E esses grandes homens, iluminados homens, perceberam sentidos maiores em nosso planeta, coisas que poucos seres humanos conseguem alcançar hoje em dia.

Um desses homens doou-se à igualdade, à não-violência, à união incondicional e à paz entre as pessoas. Ele marchou para a guerra com flores nas mãos, meus amigos, e nunca se negou de sorrir, nem de abraçar fortemente qualquer alma que lhe confrontasse nublada. Esse homem se chamava Mahatma Gandhi; o pai carinhoso dos indianos; e do mundo inteiro que ainda clama por paz. O Pai do Satyagraha (movimento de não –violência).

O outro pensava bastante, era um estudioso da mente, das energias humanas, dos caminhos cerebrais complexos. E eis que ele descobre nos seus estudos, que temos uma mente subconsciente mais ativa e poderosa do que a consciente (essa que me permite escrever agora), e que conversando diretamente com ela poderíamos repelir doenças, comportamentos ruins, atrair o bem para perto de nós. Esse homem fabuloso formou-se Ph.D em estudos da mente na University of India, onde trabalhou por toda a sua vida. E ajudou muitos de nós a evoluir internamente com seus livros maravilhosos. Ele se chamava Dr. Joseph Murphy. Autor do livro O Poder do Subconsciente.

Como funciona o Peixinho Jeans?
O livro Um Peixe de Calças Jeans se vale de uma teoria super inovadora e original contra o bullying infantil. Ele ergue suas bases sintonizadas nas teorias de Murphy e Gandhi, fundamentando o que podemos chamar de Satyagraha subconsciente.
O livro conta com cinco historinhas contra o bullying infantil, e cada uma dessas histórias carrega uma sintonia específica de paz e união, trabalhando no sentido da aceitação, e do estímulo de grupo das crianças. As histórias são interessantes, comuns, mas falam primeiramente ao subconsciente infantil, onde deposita todas as metas de convívio e união.

As histórias
Um Peixe de Calças Jeans (O peixinho precisa das calças jeans especiais para nadar como os outros do cardume)
O Menino de Algodão (O menino não pode brincar muito, pois o algodão é sensível demais às condições climáticas)
A Menina Cor de Rosa (a menina sofre pelo diferencial de sua cor rosa choque)
O sapo que não comia mosca (O sapinho Botão tem dificuldade para caçar moscas e se relacionar com outros sapinhos no brejo)
O Gigante da Goiabeira (Um anãozinho que cresceu no vilarejo dos gigantes)

Todas as histórias terminam glorificando os benefícios da amizade e do amor. As questões se resolvem em paz. No entanto isso se faz de maneira única, em mensagens sintonizadas numa frequência específica de união e não-violência. As histórias são curtas para que o subconsciente assimilador não perca as instruções no caminho.
Quanto mais as crianças lerem os mesmos textos, mais vezes seus subconscientes estarão absorvendo as ideias integradas de paz, e a tendência é o fim das agressões preconceituosas no grupo de convívio. A ideia é simples, o núcleo da proposta é a mensagem de integração, e de uma maneira que a criança se divirta com os personagens enquanto aprende os caminhos da aceitação. Ela não mais deverá agredir ou ser agredida, ela saberá que a agressão é muito errada, está fora dos caminhos de aceitação, e começará a se defender também.

Um Peixe de Calças Jeans não é um livro subconsciente para construir pacifistas; mas sim, um livro pacifista para construir crianças conscientes e íntegras.

Esse não é um livro infantil comum, meus amigos, é uma frequência fina de paz e união contra o bullying, baseado na obra de dois homens incrivelmente singulares. Um estudo original, inteligente e inovador.
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Descontrole nos casos de bullying tem provocado tragédias no Brasil

domingo, 21 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 2 comentários


Demora em identificar o problema piora traumas gerados pelas agressões entre crianças.


Provocações e brincadeiras fazem parte da rotina adolescente. Mas quando o limite do aceitável é ultrapassado e essas práticas vêm acompanhadas de agressão e violência, sejam psicológicas ou físicas, ganham o nome de bullying. Praticado sem controle, esse tipo de violência tem provocado tragédias em todo o Brasil.

Recentemente, um garoto de 17 anos morreu depois de ter sido agredido pelos colegas dentro da sala de aula por causa de seu novo corte de cabelo.

Até mesmo famosos já sofreram esse tipo de abuso. O empresário Bruno Chateaubriand, que hoje circula na alta sociedade carioca, lembra ressentido o que acontecia com ele na época da escola.

- É aquele massacre, quase que diário. Você não tem mais vontade de ir ao colégio, não tem mais vontade de participar das festinhas com as crianças.

Na maioria das vezes, só se descobre o bullying depois de muito tempo. Isso porque além de humilhar e agredir, os agressores também ameaçam suas vítimas. A demora para identificar as agressões às vezes pode ser fatal.

Pesquisa realizada no país pelo Ceats (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor) indica que cerca de 70% dos estudantes brasileiros já viram algum colega ser maltratado pelo menos uma vez na escola. Na região Sudeste, o índice chega a 81% e, na Centro-Oeste, a 75%.

Para especialistas, esclarecer e educar são as principais armas das escolas para lutar contra a disseminação do bullying.

Um em cada cinco estudantes já sofreu agressões via internet

No mês passado, a SBP (Sociedade Brasileira de Psicologia) discutiu o assunto em um seminário que reuniu mais de 2.000 profissionais. A presidente da SBP, Paula Gomide, disse que é preciso prevenir, até porque a maioria das vítimas de bullying acabam se tornando adultos violentos, pois reproduzem o padrão de comportamento que vivienciaram.


Para Paula, a maior dificuldade e também o maior trunfo é descobrir a agressão precocemente.


- O processo de prevenção começa quando o caso é identificado. Muitas vezes pais e professores têm dificuldade de entender que abusos psicológicos - como comparações, xingamentos ao corrigir uma criança - atingem o ser, o que ela é, e não o seu comportamento. Isso provoca baixa autoestima, o que torna a criança uma vítima fácil do bullying.

Notícia Portal AZ
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Demi Lovato (vídeo) - Campanha contra Bullying

domingo, 14 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários



Campanha do site teensagainstbullying.org
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Reunião da Sociedade Brasileira de Psicologia vai debater bullying

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Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil


Curitiba – A principal forma de prevenção de problemas como a violência escolar (bullying) é a identificação precoce do problema, defende a presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), Paula Gomide.

“Ao identificar o caso, está começando o processo de prevenção. Muitas vezes pais e professores têm dificuldade de entender que abusos psicológicos como comparações, xingamentos ao corrigir uma criança, atingem o ser, o que ela é, e não o seu comportamento e isso provoca baixa autoestima, o que a torna uma vítima fácil do bullying”, ressalta a psicóloga que participa de hoje (20) até sábado (23) da 40ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia.

O evento, que deve reunir cerca de 2 mil profissionais da área de psicologia do Brasil e de outros países, vai debater problemas como o bullying. Segundo Paula, a vítima desse tipo de violência, normalmente, se torna um adulto agressor, uma vez que a criança acaba mantendo o padrão de comportamento que vivenciou.

Tratamentos de desvios de conduta, como a psicopatia, também serão discutidos nos quatro dias de reunião. Uma das presenças aguardadas é a do canadense Robert Hare, renomado professor de psicologia da University of British Columbia, em Vancouver. “Ele é um dos maiores especialistas do mundo em psicopatia. É responsável por identificar os critérios que são aceitos universalmente para diagnosticar portadores dessa doença. Ele é responsável pela criação de um check list de pontuação para psicopatia, usado no Brasil desde 2000”, disse Paula.

Amanhã (21), o criador da cartilha Depoimento sem Dano: Problemas e Soluções, o juiz Antônio Daltoé Cezar, da 2ª Vara da Infância de Porto Alegre será um dos palestrantes. Ele defende o direito de crianças e adolescentes serem ouvidos nos processos que lhe dizem respeito. “No Rio Grande do Sul este método é usado em 26 municípios, existem outros estados que já estão utilizando e estamos sendo convidados a vários eventos jurídicos para demonstrar nossa experiência no projeto que teve início em 2003”, disse o juiz à Agência Brasil.

Segundo ele, pelo sistema tradicional, crianças e adultos permanecem juntos durante a audiência. No método do depoimento sem dano, a criança é ouvida em uma sala separada, há interatividade, mas psicólogas e assistentes sociais acompanham todo o processo intervindo sempre que necessário.

Para Cezar, crianças a partir de 5 anos já podem ser ouvidas e terem suas opiniões respeitadas. “Acompanhamos os depoimentos de cerca de 3 mil crianças de 2003 até hoje, só em Porto Alegre, e com o depoimento sem dano aumentou o índice de responsabilização em até 70% no total das denúncias, a maioria de abusos sexuais."


Edição: Lílian Beraldo

Notícia Agência Brasil
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Um terço dos estudantes do país é vítima de bullying

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Pelo menos um terço dos estudantes brasileiros é vítima de xingamentos, piadas ou mesmo agressões físicas nas escolas, de acordo com o IBGE.

O bullying tem preocupado pais e até parlamentares no Congresso. Um projeto de combate ao problema está para ser votado no senado. O objetivo é criar uma rede nacional de combate ao bullying, com um telefone 0800 e tratamento psicológico gratuito às vítimas.

Sofrem constantemente com o bullying, 30,8% dos estudantes brasileiros. Segundo um estudo do IBGE, 35,9% dos alunos de escolas particulares reclamam do problema, contra 29,5% nas instituições públicas.



Notícia Jornal da Band
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Estudante vítima de bullying assistirá a aulas acompanhado da mãe em SP

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Menino de 9 anos frequenta colégio de Rubiácea, no interior de SP.
Decisão foi tomada pela Polícia Civil, Conselho Tutelar e a escola.



Um estudante de 9 anos de Rubiácea, a 558 km da capital paulista, que vinha sofrendo bullying por parte de colegas de escola, vai assistir às aulas junto com a mãe. Essa foi a solução encontrada pela Polícia Civil, Conselho Tutelar e a escola para que o garoto não seja reprovado.

A partir do próximo ano, o menino deve estudar em outra escola, em Guararapes. A polícia ouviu professores, alunos e funcionários da escola. O delegado Getúlio Nardo, responsável pelo caso, informou que todos se comprometeram a evitar situações semelhantes na escola. De acordo com ele, a polícia procurou agir de maneira a educar, em vez de punir os estudantes.



Notícia G1
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Bullying: TJ tem programa para escolas

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Natal - O Tribunal de Justiça do Estado fechou uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Natal no combate ao bullying. O projeto Justiça e Escola não trata exclusivamente do assunto, mas inclui discussões sobre todos os tipos de violência em ambiente escolar. Visitas são realizadas por educadores e integrantes do Judiciário às 45 escolas participantes, conforme a demanda, e professores e gestores participam de uma capacitação anual, para se tornarem “multiplicadores”.

Em seu quinto ano, o Justiça e Escola terá sua ação formativa de 2010 nos dias 17 e 18 de novembro. Serão capacitados 180 educadores que irão conhecer a metodologia e outros 120, que já participam do projeto, terão um intercâmbio pedagógico para discutir o que vem sendo feito nas diversas escolas. “Durante o período do projeto, somente uma escola nos procurou para irmos até lá tratar especificamente de bullying, mas nas palestras são debatidos diversos assuntos que incluem o bullying”, ressalta a coordenadora do projeto na SME, Luzia Valentim.

O Justiça e Escola trabalha com “pilares”, dentre os quais estão incluídos “responsabilidade”, “respeito”, “sinceridade”, “senso de justiça” e “zelo e cidadania”. “O projeto tem um primeiro viés de aproximar o Judiciário da sociedade, mas também um objetivo pedagógico de minimizar a violência”, ressalta Luzia Valentim. O trabalho se baseia em uma ação pioneira desenvolvida no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, onde diversos casos de violência em ambiente escolar levaram à adoção de práticas em prol da chamada cultura de paz.

Na rede estadual de ensino, de acordo com o coordenador de Desenvolvimento do Ensino (Codese), Domingos Sávio de Oliveira, as capacitações promovidas pela Secretaria Estadual de Educação (Seec) já incluem a preparação dos educadores para trabalharem com a realidade do bullying, habilidade que nem sempre os docentes adquirem na universidade.

A grande expectativa, porém, é mesmo a implementação, a partir de 2011, do Plano de Educação em Direitos Humanos. “Ele vem sendo discutido desde o ano passado com o Núcleo de Educação para a Paz da secretaria e foram feitas várias reuniões na fase de elaboração. Vamos entrar nesse período de transição do governo, mas esperamos que o plano esteja em plena execução a partir de 2011”, enfatiza.

O documento irá prever ações de prevenção e combate aos diversos tipos de violência cometidos em ambiente escolar, incluindo as agressões que caracterizam o bullying.

Na avaliação do coordenador, a Seec tem agido de forma marcante na capacitação de professores em todo o estado e em todos os níveis de ensino, ampliando a compreensão dos professores sobre os problemas de violência escolar e melhorando o olhar dos educadores quanto ao bullying, de forma que os docentes possam contribuir para crianças e jovens saírem da situação de risco na qual se encontrem. “Além do plano, a Assembleia já aprovou uma lei que fortalece as políticas pedagógicas em prol da cultura de paz”, acrescenta Sávio.

Educadores ressaltam o papel da família para enfrentar casos

O Colégio Marista já está utilizando a cartilha do CNJ sobre bullying, encartada hoje na TRIBUNA DO NORTE. O objetivo da direção é despertar educadores, alunos, pais e comunidade para um problema cada vez mais sério. “Na verdade, o bullying é algo muito antigo no espaço escolar, não é novo, nem é moda. É uma realidade no mundo e tem se agravado. Aparece dentro das escolas, mas também em outros espaços de convívio. É um problema social”, ressalta a vice-diretora educacional do Marista Natal, Fátima Guilmo.

Ela aponta o estresse da vida moderna, a superproteção dos pais, a falta de tempo da família em conviver com as crianças e o individualismo cada vez maior das pessoas como alguns dos motivos que têm agravado o quadro. “No trânsito mesmo, um motorista que desrespeita o outro está cometendo um bullying. A gente vê bullying até na disputa pela Presidência da República.” O Marista lançou uma campanha em 2007 contra esse tipo de violência, com o tema “Bullying é muito sem noção!”.

O trabalho de capacitação dos professores para identificar e tratar do assunto é contínuo e no próximo ano será iniciado um novo programa, baseado na ideia de que “gentileza gera gentileza”, em prol de uma convivência melhor entre toda a comunidade escolar. “Muitos pais acham que a agressão que o filho cometeu, que muitas vezes não é física, se trata apenas de uma brincadeira sem maldade. Consideramos aqui no colégio que brincadeira só é legítima quando alegra as duas ou mais partes envolvidas. Quando só um fica feliz, não é brincadeira”, alerta.

O coordenador pedagógico Nery Adamy revela que o bullying normalmente gera o isolamento, ou queda no rendimento dos alunos que são vítimas. “A gente começa a ver mudança na postura do estudante. Aquele que interagia, conversava, de repente fica muito introspectivo”, exemplifica. Algumas vezes o professor detecta o problema em sala, transmite à coordenação e é feita uma espécie de investigação sobre o que vem ocorrendo. “Outras vezes é o pai que nos procura com a suspeita.”

O coordenador diz, no entanto, que também há exageros por parte das famílias, que “não reconhecem a dinâmica entre os próprios alunos”. Ele afirma que o bullying se caracteriza bem em situações nas quais, por exemplo, uma parte da turma se volta contra um aluno, mas em outros casos o problema não passa de um conflito normal entre dois estudantes, algo natural da idade.

De toda forma, prevenir é o melhor caminho. “É raro o aluno mesmo revelar o que vem sofrendo. Ele já está dentro de uma situação de medo, inclusive medo de represálias. Por isso não permitimos de forma nenhuma que isso aconteça dentro da escola. Combatemos desde os pequenos detalhes, porque muitas vezes começa com um apelido e acaba gerando uma situação de desconforto para o aluno.”

Conseguir uma compreensão melhor do que é ou não é bullying, no âmbito familiar entre pais e filhos, também é uma preocupação entre os pedagogos da rede pública de ensino. “Nenhuma ação pedagógica da secretaria poderá avançar sem o envolvimento das famílias e da comunidade direto no chão da escola”, entende o coordenador de Desenvolvimento do Ensino (Codese), Domingos Sávio de Oliveira, da Secretaria Estadual de Educação.

Domingos Sávio defende uma participação efetiva dos pais, na identificação e controle dos problemas envolvendo as diversas formas de violência cometidas pelos filhos e contra seus filhos. Segundo ele, a comissão de Educação para a Paz da Secretaria Estadual desenvolve um trabalho contínuo em parceria com programas como o Proerd, da PM, e outras ações de conscientização dos estudantes.

Matéria Wagner Lopes

Notícia Tribuna do Norte
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Violência nas escolas não tem relação com classe social, diz pesquisadora

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São Paulo - A violência escolar independente de configuração familiar, classe social ou etnia, analisa a doutora em psicologia Dagmar Silva de Castro, professora e pesquisadora da Cátedra de Cidades da Universidade Metodista de São Paulo. Dagmar faz parte de uma força tarefa liderada pela Promotoria de Justiça da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo que atua em escolas públicas de São Bernardo do Campo desde dezembro de 2007.

"(A violência) não se atrela à configuração familiar. Não é porque os pais são separados que o filho é violento. A violência independente de classe social, etnia", defende. A pesquisadora pondera que a violência não é um problema exclusivo do espaço escolar, mas um fenômeno contemporâneo, resultante de uma "cultura da violência". "Ela perpassa todo o cotidiano. A escola é uma 'microesfera' onde se apresentam os sintomas de uma patologia maior", explica Dagmar.

O crescimento da violência está relacionado, na visão da a psicóloga, a questões como o modelo de consumo, as relações econômicas e o acirramento da desigualdade e da intolerância na sociedade. De acordo Dagmar, a violência chega à escola até mesmo porque é a instituição de maior permancência da criança e do adolescente, onde surgem questões naturais como a necessidade de autoafirmação perante o grupo, por exemplo.

Mas também surgem conflitos relacionados à intolerância com quem é diferente – que gera comportamento de bullying entre os pares, por exemplo – e enfrentamento com figuras de autoridade. "Falta referência de figuras adultas que realmente passem referências saudáveis a crianças e adolescentes", detecta. "Sem referência em outros espaços (com figuras de autoridade) os alunos não conseguem enxergar professores como adultos que seriam referência", atesta a pesquisadora. Ela acredita que, nesse cenário, aumenta a influência entre os próprios adolescentes.

A violência doméstica também tem reflexos na escola, na medida em que os jovens repetem no espaço escolar um padrão de violência que ocorre no interior da família. "Se há um espaço de violência nas relações mais primárias, no espaço que seria para garantir efetividade, segurança, eles vão expressar isso em outros lugares especialmente na escola", situa Dagmar.
Combate à violência

A redução da violência nas escolas passa pelo envolvimento da família, comunidade, órgãos públicos de segurança, educação, esporte, lazer, cultura e saúde, como acontece na força tarefa que levou à organização do projeto "Parceria na construção de uma cultura de paz no ambiente escolar". A iniciativa, capitaneada pelo Ministério Público, atua em escolas públicas do município de São Bernardo do Campo.

Em três anos de funcionamento, o projeto já contabiliza bons resultados. "A Vara da Infância avalia que houve redução nos procedimentos por ato infracional", afirma a promotora de Justiça da Infância e Juventude de São Bernardo do Campo, Vera Lúcia Acayaba de Toledo.

O sucesso da iniciativa levou o conjunto de órgãos públicos e entidades envolvidas no projeto a elaborarem o livro "Uma nova aquarela: desenhando políticas públicas integradas para o enfrentamento da violência escolar em São Bernardo do Campo", lançado nesta sexta-feira (12). A publicação é acompanhada por dois vídeos que transportam para a linguagem visual a proposta do livro para o combate à violência nas escolas.



Matéria Suzana Vier

Rede Brasil Atual
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