Menina pagava colegas de classe para não ser agredida em SP

sexta-feira, 26 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 2 comentários


Da Redação, com Band TV Presidente Prudente
cidades@eband.com.br


Uma menina de 12 anos foi vítima de bullying e extorsão dentro de uma escola estadual em Junqueirópolis, na região de Presidente Prudente. Com medo de apanhar de alguns colegas de classe, ela era obrigada a dar dinheiro.

No total, a menina chegou a pagar mais de R$ 850 em dinheiro a cinco colegas de classe. Em um dos bilhetes que recebeu, ela foi ameaçada caso o valor não fosse pago. A mudança de comportamento da filha foi o que chamou a atenção da mãe.

O diretor da unidade garantiu que os suspeitos foram punidos com suspensão. Para a mãe da estudante, a escola foi omissa por não ter comunicado aos pais dos agressores sobre o incidente. Uma conselheira tutelar afirma que, em casos como esse, o ideal é pedir apoio ao conselho.




Notícia Band
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Justin Bieber participa de campanha contra o bullying

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O cantor Justin Bieber participou da campanha contra o bullying "It Gets Better". O astro teen já declarou que sofreu esse problema, agora quer ajudar aos que sofrem com o bullying. "Não é legal ser um valentão. Diga às pessoas se você ver alguém sofrendo bullying", falou o cantor.



Veja o vídeo da campanha contra o bullying:


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Livro revolucionário contra o bullying escolar - Um Peixe de Calças Jeans

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Notícia do site jornalístico Plantão News, do Mato Grosso (MT).



As crianças precisam aprender o sentido de união, igualdade e respeito desde o início da jornada. Atuando nesse pensamento, Um peixe de calças jeans e outras histórias para unir traz em sua linguagem simples e acessível histórias curtas e assimiláveis que visam eliminar os preconceitos sutilmente. Agindo no subconsciente formador das crianças. Enriquecendo-as moralmente.

A ideia desse livro brotou pelas inspiradoras teorias de Dr. Joseph Murphy (1898 – 1981), autor do livro O Poder do Subconsciente (título original em inglês: The Power of your Subconscious Mind), onde defende a tese de que a mente subconsciente (responsável pelo sono, memória, batimentos cardíacos e outras muitas funções do corpo) ao aceitar uma idéia, começa imediatamente a pô-la em prática. Segundo Murphy, a mente subconsciente aceita tudo que lhe é sugestionado de forma vigorosa e constante; assim, podemos adicionar as informações boas e benéficas sobre o que quisermos.
Em Um Peixe de Calças Jeans, a teoria subconsciente é usada para o bem mais pacífico e precioso de todos: o amor fraterno de nossas crianças. A paz. E a união incondicional entre as pessoas.

A proposta maior deste livro é ajudar na diminuição da ocorrência de bullying (repetidas agressões psicológicas e/ou físicas) não só nas escolas, preparando o futuro cidadão de bem para as diferenças que o mundo oferece, construindo uma nova geração mais fraterna, livre dos bloqueios preconceituosos gradativamente impostos.

Trecho da obra
“Mesmo que o cardume, no começo, estranhasse um peixe de calças jeans nadando, ninguém poderia negar sua vitória e o mundo novo que vinha boiando. Por isso, a turminha do mar não esquece a coragem do peixinho. De calças jeans a flutuar, com nadadeiras de pano a brincar, sempre cercado de amigos.”

Como funciona o Peixinho Jeans?
O livro Um Peixe de Calças Jeans se vale de uma teoria super inovadora e original contra o bullying infantil. Ele ergue suas bases sintonizadas nas teorias de Murphy e Gandhi, fundamentando o que podemos chamar de Satyagraha subconsciente.
O livro conta com cinco historinhas contra o bullying infantil, e cada uma dessas histórias carrega uma sintonia específica de paz e união, trabalhando no sentido da aceitação, e do estímulo de grupo das crianças. As histórias são interessantes, comuns, mas falam primeiramente ao subconsciente infantil, onde deposita todas as metas de convívio e união.
Todas as histórias terminam glorificando os benefícios da amizade e do amor. As questões se resolvem em paz. No entanto isso se faz de maneira única, em mensagens sintonizadas numa freqüência específica de união e não-violência. As histórias são curtas para que o subconsciente assimilador não perca as instruções no caminho.
Quanto mais as crianças lerem os mesmos textos, mais vezes seus subconscientes estarão absorvendo as ideias integradas de paz, e a tendência é o fim das agressões preconceituosas no grupo de convívio. A ideia é simples, o núcleo da proposta é a mensagem de integração, e de uma maneira que a criança se divirta com os personagens enquanto aprende os caminhos da aceitação. Ela não mais deverá agredir ou ser agredida, ela saberá que a agressão é muito errada, está fora dos caminhos de aceitação, e começará a se defender também. Um Peixe de Calças Jeans não é um livro subconsciente para construir pacifistas; mas sim, um livro pacifista para construir crianças conscientes e íntegras.
Esse não é um livro infantil comum, meus amigos, é uma freqüência fina de paz e união contra o bullying, baseado na obra de dois homens incrivelmente singulares. Um estudo original, inteligente e inovador.

As histórias
* Um Peixe de Calças Jeans (O peixinho precisa das calças jeans especiais para nadar como os outros do cardume)
* O Menino de Algodão (O menino não pode brincar muito, pois o algodão é sensível demais às condições climáticas)
* A Menina Cor de Rosa (a menina sofre pelo diferencial de sua cor rosa choque)
* O sapo que não comia mosca (O sapinho Botão tem dificuldade para caçar moscas e se relacionar com outros sapinhos no brejo)
* O Gigante da Goiabeira (Um anãozinho que cresceu no vilarejo dos gigantes)

Sobre o autor

O escritor carioca Allan Pitz autodenomina-se com humor: “Escritor por maioria de votos, contador de histórias, visceral, humano, Ph.D nas próprias reflexões e estudos solitários sobre tudo”.
Diferente de todos os seus trabalhos publicados, em Um Peixe de Calças Jeans Allan Pitz cria uma alegoria simples, infantil, onde dissemina com desenvoltura ímpar, belíssimas mensagens de união e não-violência entre as crianças, tendo como base sólida um longo estudo da Teoria Subconsciente de Dr. Joseph Murphy. E a idéia central do Satyagraha (movimento de não violência, desenvolvido por Mahatma Gandhi).
A experiência do autor, com o bullying sofrido na infância, acabara sendo o grande fator motivacional para Allan escrever o que, talvez, seja um dos seus raríssimos trabalhos para fora, especificamente, do público leitor adulto. Um trabalho raro e de muito valor humano.

Link original: http://www.plantaonews.com.br/conteudo/show/secao/51/materia/25419
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A missão do livro Um Peixe de Calças Jeans

terça-feira, 23 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 2 comentários


Nadando nas ondas de paz.


A inspiração
Há muitos anos atrás, dois homens fascinantes e inteligentes pisaram sobre a face da Terra. E esses grandes homens, iluminados homens, perceberam sentidos maiores em nosso planeta, coisas que poucos seres humanos conseguem alcançar hoje em dia.

Um desses homens doou-se à igualdade, à não-violência, à união incondicional e à paz entre as pessoas. Ele marchou para a guerra com flores nas mãos, meus amigos, e nunca se negou de sorrir, nem de abraçar fortemente qualquer alma que lhe confrontasse nublada. Esse homem se chamava Mahatma Gandhi; o pai carinhoso dos indianos; e do mundo inteiro que ainda clama por paz. O Pai do Satyagraha (movimento de não –violência).

O outro pensava bastante, era um estudioso da mente, das energias humanas, dos caminhos cerebrais complexos. E eis que ele descobre nos seus estudos, que temos uma mente subconsciente mais ativa e poderosa do que a consciente (essa que me permite escrever agora), e que conversando diretamente com ela poderíamos repelir doenças, comportamentos ruins, atrair o bem para perto de nós. Esse homem fabuloso formou-se Ph.D em estudos da mente na University of India, onde trabalhou por toda a sua vida. E ajudou muitos de nós a evoluir internamente com seus livros maravilhosos. Ele se chamava Dr. Joseph Murphy. Autor do livro O Poder do Subconsciente.

Como funciona o Peixinho Jeans?
O livro Um Peixe de Calças Jeans se vale de uma teoria super inovadora e original contra o bullying infantil. Ele ergue suas bases sintonizadas nas teorias de Murphy e Gandhi, fundamentando o que podemos chamar de Satyagraha subconsciente.
O livro conta com cinco historinhas contra o bullying infantil, e cada uma dessas histórias carrega uma sintonia específica de paz e união, trabalhando no sentido da aceitação, e do estímulo de grupo das crianças. As histórias são interessantes, comuns, mas falam primeiramente ao subconsciente infantil, onde deposita todas as metas de convívio e união.

As histórias
Um Peixe de Calças Jeans (O peixinho precisa das calças jeans especiais para nadar como os outros do cardume)
O Menino de Algodão (O menino não pode brincar muito, pois o algodão é sensível demais às condições climáticas)
A Menina Cor de Rosa (a menina sofre pelo diferencial de sua cor rosa choque)
O sapo que não comia mosca (O sapinho Botão tem dificuldade para caçar moscas e se relacionar com outros sapinhos no brejo)
O Gigante da Goiabeira (Um anãozinho que cresceu no vilarejo dos gigantes)

Todas as histórias terminam glorificando os benefícios da amizade e do amor. As questões se resolvem em paz. No entanto isso se faz de maneira única, em mensagens sintonizadas numa frequência específica de união e não-violência. As histórias são curtas para que o subconsciente assimilador não perca as instruções no caminho.
Quanto mais as crianças lerem os mesmos textos, mais vezes seus subconscientes estarão absorvendo as ideias integradas de paz, e a tendência é o fim das agressões preconceituosas no grupo de convívio. A ideia é simples, o núcleo da proposta é a mensagem de integração, e de uma maneira que a criança se divirta com os personagens enquanto aprende os caminhos da aceitação. Ela não mais deverá agredir ou ser agredida, ela saberá que a agressão é muito errada, está fora dos caminhos de aceitação, e começará a se defender também.

Um Peixe de Calças Jeans não é um livro subconsciente para construir pacifistas; mas sim, um livro pacifista para construir crianças conscientes e íntegras.

Esse não é um livro infantil comum, meus amigos, é uma frequência fina de paz e união contra o bullying, baseado na obra de dois homens incrivelmente singulares. Um estudo original, inteligente e inovador.
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Descontrole nos casos de bullying tem provocado tragédias no Brasil

domingo, 21 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 2 comentários


Demora em identificar o problema piora traumas gerados pelas agressões entre crianças.


Provocações e brincadeiras fazem parte da rotina adolescente. Mas quando o limite do aceitável é ultrapassado e essas práticas vêm acompanhadas de agressão e violência, sejam psicológicas ou físicas, ganham o nome de bullying. Praticado sem controle, esse tipo de violência tem provocado tragédias em todo o Brasil.

Recentemente, um garoto de 17 anos morreu depois de ter sido agredido pelos colegas dentro da sala de aula por causa de seu novo corte de cabelo.

Até mesmo famosos já sofreram esse tipo de abuso. O empresário Bruno Chateaubriand, que hoje circula na alta sociedade carioca, lembra ressentido o que acontecia com ele na época da escola.

- É aquele massacre, quase que diário. Você não tem mais vontade de ir ao colégio, não tem mais vontade de participar das festinhas com as crianças.

Na maioria das vezes, só se descobre o bullying depois de muito tempo. Isso porque além de humilhar e agredir, os agressores também ameaçam suas vítimas. A demora para identificar as agressões às vezes pode ser fatal.

Pesquisa realizada no país pelo Ceats (Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor) indica que cerca de 70% dos estudantes brasileiros já viram algum colega ser maltratado pelo menos uma vez na escola. Na região Sudeste, o índice chega a 81% e, na Centro-Oeste, a 75%.

Para especialistas, esclarecer e educar são as principais armas das escolas para lutar contra a disseminação do bullying.

Um em cada cinco estudantes já sofreu agressões via internet

No mês passado, a SBP (Sociedade Brasileira de Psicologia) discutiu o assunto em um seminário que reuniu mais de 2.000 profissionais. A presidente da SBP, Paula Gomide, disse que é preciso prevenir, até porque a maioria das vítimas de bullying acabam se tornando adultos violentos, pois reproduzem o padrão de comportamento que vivienciaram.


Para Paula, a maior dificuldade e também o maior trunfo é descobrir a agressão precocemente.


- O processo de prevenção começa quando o caso é identificado. Muitas vezes pais e professores têm dificuldade de entender que abusos psicológicos - como comparações, xingamentos ao corrigir uma criança - atingem o ser, o que ela é, e não o seu comportamento. Isso provoca baixa autoestima, o que torna a criança uma vítima fácil do bullying.

Notícia Portal AZ
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Demi Lovato (vídeo) - Campanha contra Bullying

domingo, 14 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários



Campanha do site teensagainstbullying.org
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Reunião da Sociedade Brasileira de Psicologia vai debater bullying

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Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil


Curitiba – A principal forma de prevenção de problemas como a violência escolar (bullying) é a identificação precoce do problema, defende a presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), Paula Gomide.

“Ao identificar o caso, está começando o processo de prevenção. Muitas vezes pais e professores têm dificuldade de entender que abusos psicológicos como comparações, xingamentos ao corrigir uma criança, atingem o ser, o que ela é, e não o seu comportamento e isso provoca baixa autoestima, o que a torna uma vítima fácil do bullying”, ressalta a psicóloga que participa de hoje (20) até sábado (23) da 40ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia.

O evento, que deve reunir cerca de 2 mil profissionais da área de psicologia do Brasil e de outros países, vai debater problemas como o bullying. Segundo Paula, a vítima desse tipo de violência, normalmente, se torna um adulto agressor, uma vez que a criança acaba mantendo o padrão de comportamento que vivenciou.

Tratamentos de desvios de conduta, como a psicopatia, também serão discutidos nos quatro dias de reunião. Uma das presenças aguardadas é a do canadense Robert Hare, renomado professor de psicologia da University of British Columbia, em Vancouver. “Ele é um dos maiores especialistas do mundo em psicopatia. É responsável por identificar os critérios que são aceitos universalmente para diagnosticar portadores dessa doença. Ele é responsável pela criação de um check list de pontuação para psicopatia, usado no Brasil desde 2000”, disse Paula.

Amanhã (21), o criador da cartilha Depoimento sem Dano: Problemas e Soluções, o juiz Antônio Daltoé Cezar, da 2ª Vara da Infância de Porto Alegre será um dos palestrantes. Ele defende o direito de crianças e adolescentes serem ouvidos nos processos que lhe dizem respeito. “No Rio Grande do Sul este método é usado em 26 municípios, existem outros estados que já estão utilizando e estamos sendo convidados a vários eventos jurídicos para demonstrar nossa experiência no projeto que teve início em 2003”, disse o juiz à Agência Brasil.

Segundo ele, pelo sistema tradicional, crianças e adultos permanecem juntos durante a audiência. No método do depoimento sem dano, a criança é ouvida em uma sala separada, há interatividade, mas psicólogas e assistentes sociais acompanham todo o processo intervindo sempre que necessário.

Para Cezar, crianças a partir de 5 anos já podem ser ouvidas e terem suas opiniões respeitadas. “Acompanhamos os depoimentos de cerca de 3 mil crianças de 2003 até hoje, só em Porto Alegre, e com o depoimento sem dano aumentou o índice de responsabilização em até 70% no total das denúncias, a maioria de abusos sexuais."


Edição: Lílian Beraldo

Notícia Agência Brasil
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Um terço dos estudantes do país é vítima de bullying

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Pelo menos um terço dos estudantes brasileiros é vítima de xingamentos, piadas ou mesmo agressões físicas nas escolas, de acordo com o IBGE.

O bullying tem preocupado pais e até parlamentares no Congresso. Um projeto de combate ao problema está para ser votado no senado. O objetivo é criar uma rede nacional de combate ao bullying, com um telefone 0800 e tratamento psicológico gratuito às vítimas.

Sofrem constantemente com o bullying, 30,8% dos estudantes brasileiros. Segundo um estudo do IBGE, 35,9% dos alunos de escolas particulares reclamam do problema, contra 29,5% nas instituições públicas.



Notícia Jornal da Band
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Estudante vítima de bullying assistirá a aulas acompanhado da mãe em SP

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Menino de 9 anos frequenta colégio de Rubiácea, no interior de SP.
Decisão foi tomada pela Polícia Civil, Conselho Tutelar e a escola.



Um estudante de 9 anos de Rubiácea, a 558 km da capital paulista, que vinha sofrendo bullying por parte de colegas de escola, vai assistir às aulas junto com a mãe. Essa foi a solução encontrada pela Polícia Civil, Conselho Tutelar e a escola para que o garoto não seja reprovado.

A partir do próximo ano, o menino deve estudar em outra escola, em Guararapes. A polícia ouviu professores, alunos e funcionários da escola. O delegado Getúlio Nardo, responsável pelo caso, informou que todos se comprometeram a evitar situações semelhantes na escola. De acordo com ele, a polícia procurou agir de maneira a educar, em vez de punir os estudantes.



Notícia G1
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Bullying: TJ tem programa para escolas

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Natal - O Tribunal de Justiça do Estado fechou uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Natal no combate ao bullying. O projeto Justiça e Escola não trata exclusivamente do assunto, mas inclui discussões sobre todos os tipos de violência em ambiente escolar. Visitas são realizadas por educadores e integrantes do Judiciário às 45 escolas participantes, conforme a demanda, e professores e gestores participam de uma capacitação anual, para se tornarem “multiplicadores”.

Em seu quinto ano, o Justiça e Escola terá sua ação formativa de 2010 nos dias 17 e 18 de novembro. Serão capacitados 180 educadores que irão conhecer a metodologia e outros 120, que já participam do projeto, terão um intercâmbio pedagógico para discutir o que vem sendo feito nas diversas escolas. “Durante o período do projeto, somente uma escola nos procurou para irmos até lá tratar especificamente de bullying, mas nas palestras são debatidos diversos assuntos que incluem o bullying”, ressalta a coordenadora do projeto na SME, Luzia Valentim.

O Justiça e Escola trabalha com “pilares”, dentre os quais estão incluídos “responsabilidade”, “respeito”, “sinceridade”, “senso de justiça” e “zelo e cidadania”. “O projeto tem um primeiro viés de aproximar o Judiciário da sociedade, mas também um objetivo pedagógico de minimizar a violência”, ressalta Luzia Valentim. O trabalho se baseia em uma ação pioneira desenvolvida no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, onde diversos casos de violência em ambiente escolar levaram à adoção de práticas em prol da chamada cultura de paz.

Na rede estadual de ensino, de acordo com o coordenador de Desenvolvimento do Ensino (Codese), Domingos Sávio de Oliveira, as capacitações promovidas pela Secretaria Estadual de Educação (Seec) já incluem a preparação dos educadores para trabalharem com a realidade do bullying, habilidade que nem sempre os docentes adquirem na universidade.

A grande expectativa, porém, é mesmo a implementação, a partir de 2011, do Plano de Educação em Direitos Humanos. “Ele vem sendo discutido desde o ano passado com o Núcleo de Educação para a Paz da secretaria e foram feitas várias reuniões na fase de elaboração. Vamos entrar nesse período de transição do governo, mas esperamos que o plano esteja em plena execução a partir de 2011”, enfatiza.

O documento irá prever ações de prevenção e combate aos diversos tipos de violência cometidos em ambiente escolar, incluindo as agressões que caracterizam o bullying.

Na avaliação do coordenador, a Seec tem agido de forma marcante na capacitação de professores em todo o estado e em todos os níveis de ensino, ampliando a compreensão dos professores sobre os problemas de violência escolar e melhorando o olhar dos educadores quanto ao bullying, de forma que os docentes possam contribuir para crianças e jovens saírem da situação de risco na qual se encontrem. “Além do plano, a Assembleia já aprovou uma lei que fortalece as políticas pedagógicas em prol da cultura de paz”, acrescenta Sávio.

Educadores ressaltam o papel da família para enfrentar casos

O Colégio Marista já está utilizando a cartilha do CNJ sobre bullying, encartada hoje na TRIBUNA DO NORTE. O objetivo da direção é despertar educadores, alunos, pais e comunidade para um problema cada vez mais sério. “Na verdade, o bullying é algo muito antigo no espaço escolar, não é novo, nem é moda. É uma realidade no mundo e tem se agravado. Aparece dentro das escolas, mas também em outros espaços de convívio. É um problema social”, ressalta a vice-diretora educacional do Marista Natal, Fátima Guilmo.

Ela aponta o estresse da vida moderna, a superproteção dos pais, a falta de tempo da família em conviver com as crianças e o individualismo cada vez maior das pessoas como alguns dos motivos que têm agravado o quadro. “No trânsito mesmo, um motorista que desrespeita o outro está cometendo um bullying. A gente vê bullying até na disputa pela Presidência da República.” O Marista lançou uma campanha em 2007 contra esse tipo de violência, com o tema “Bullying é muito sem noção!”.

O trabalho de capacitação dos professores para identificar e tratar do assunto é contínuo e no próximo ano será iniciado um novo programa, baseado na ideia de que “gentileza gera gentileza”, em prol de uma convivência melhor entre toda a comunidade escolar. “Muitos pais acham que a agressão que o filho cometeu, que muitas vezes não é física, se trata apenas de uma brincadeira sem maldade. Consideramos aqui no colégio que brincadeira só é legítima quando alegra as duas ou mais partes envolvidas. Quando só um fica feliz, não é brincadeira”, alerta.

O coordenador pedagógico Nery Adamy revela que o bullying normalmente gera o isolamento, ou queda no rendimento dos alunos que são vítimas. “A gente começa a ver mudança na postura do estudante. Aquele que interagia, conversava, de repente fica muito introspectivo”, exemplifica. Algumas vezes o professor detecta o problema em sala, transmite à coordenação e é feita uma espécie de investigação sobre o que vem ocorrendo. “Outras vezes é o pai que nos procura com a suspeita.”

O coordenador diz, no entanto, que também há exageros por parte das famílias, que “não reconhecem a dinâmica entre os próprios alunos”. Ele afirma que o bullying se caracteriza bem em situações nas quais, por exemplo, uma parte da turma se volta contra um aluno, mas em outros casos o problema não passa de um conflito normal entre dois estudantes, algo natural da idade.

De toda forma, prevenir é o melhor caminho. “É raro o aluno mesmo revelar o que vem sofrendo. Ele já está dentro de uma situação de medo, inclusive medo de represálias. Por isso não permitimos de forma nenhuma que isso aconteça dentro da escola. Combatemos desde os pequenos detalhes, porque muitas vezes começa com um apelido e acaba gerando uma situação de desconforto para o aluno.”

Conseguir uma compreensão melhor do que é ou não é bullying, no âmbito familiar entre pais e filhos, também é uma preocupação entre os pedagogos da rede pública de ensino. “Nenhuma ação pedagógica da secretaria poderá avançar sem o envolvimento das famílias e da comunidade direto no chão da escola”, entende o coordenador de Desenvolvimento do Ensino (Codese), Domingos Sávio de Oliveira, da Secretaria Estadual de Educação.

Domingos Sávio defende uma participação efetiva dos pais, na identificação e controle dos problemas envolvendo as diversas formas de violência cometidas pelos filhos e contra seus filhos. Segundo ele, a comissão de Educação para a Paz da Secretaria Estadual desenvolve um trabalho contínuo em parceria com programas como o Proerd, da PM, e outras ações de conscientização dos estudantes.

Matéria Wagner Lopes

Notícia Tribuna do Norte
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Violência nas escolas não tem relação com classe social, diz pesquisadora

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São Paulo - A violência escolar independente de configuração familiar, classe social ou etnia, analisa a doutora em psicologia Dagmar Silva de Castro, professora e pesquisadora da Cátedra de Cidades da Universidade Metodista de São Paulo. Dagmar faz parte de uma força tarefa liderada pela Promotoria de Justiça da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo que atua em escolas públicas de São Bernardo do Campo desde dezembro de 2007.

"(A violência) não se atrela à configuração familiar. Não é porque os pais são separados que o filho é violento. A violência independente de classe social, etnia", defende. A pesquisadora pondera que a violência não é um problema exclusivo do espaço escolar, mas um fenômeno contemporâneo, resultante de uma "cultura da violência". "Ela perpassa todo o cotidiano. A escola é uma 'microesfera' onde se apresentam os sintomas de uma patologia maior", explica Dagmar.

O crescimento da violência está relacionado, na visão da a psicóloga, a questões como o modelo de consumo, as relações econômicas e o acirramento da desigualdade e da intolerância na sociedade. De acordo Dagmar, a violência chega à escola até mesmo porque é a instituição de maior permancência da criança e do adolescente, onde surgem questões naturais como a necessidade de autoafirmação perante o grupo, por exemplo.

Mas também surgem conflitos relacionados à intolerância com quem é diferente – que gera comportamento de bullying entre os pares, por exemplo – e enfrentamento com figuras de autoridade. "Falta referência de figuras adultas que realmente passem referências saudáveis a crianças e adolescentes", detecta. "Sem referência em outros espaços (com figuras de autoridade) os alunos não conseguem enxergar professores como adultos que seriam referência", atesta a pesquisadora. Ela acredita que, nesse cenário, aumenta a influência entre os próprios adolescentes.

A violência doméstica também tem reflexos na escola, na medida em que os jovens repetem no espaço escolar um padrão de violência que ocorre no interior da família. "Se há um espaço de violência nas relações mais primárias, no espaço que seria para garantir efetividade, segurança, eles vão expressar isso em outros lugares especialmente na escola", situa Dagmar.
Combate à violência

A redução da violência nas escolas passa pelo envolvimento da família, comunidade, órgãos públicos de segurança, educação, esporte, lazer, cultura e saúde, como acontece na força tarefa que levou à organização do projeto "Parceria na construção de uma cultura de paz no ambiente escolar". A iniciativa, capitaneada pelo Ministério Público, atua em escolas públicas do município de São Bernardo do Campo.

Em três anos de funcionamento, o projeto já contabiliza bons resultados. "A Vara da Infância avalia que houve redução nos procedimentos por ato infracional", afirma a promotora de Justiça da Infância e Juventude de São Bernardo do Campo, Vera Lúcia Acayaba de Toledo.

O sucesso da iniciativa levou o conjunto de órgãos públicos e entidades envolvidas no projeto a elaborarem o livro "Uma nova aquarela: desenhando políticas públicas integradas para o enfrentamento da violência escolar em São Bernardo do Campo", lançado nesta sexta-feira (12). A publicação é acompanhada por dois vídeos que transportam para a linguagem visual a proposta do livro para o combate à violência nas escolas.



Matéria Suzana Vier

Rede Brasil Atual
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Falta de limites em casa gera violência nas escolas, dizem especialistas

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Os casos de agressão física e verbal registrados em escolas brasileiras todos os dias têm fatores externos ao ambiente de ensino, segundo especialistas. A falta de limites de crianças e adolescentes dentro de suas casas gera a sensação de que tudo é possível também em outros cenários, como a instituição de ensino. Do outro lado da equação explosiva estão professores desvalorizados e estressados, prestes a perder a paciência a qualquer momento. E a violência se multiplica.

Nas últimas semanas, os eventos que transformaram as escolas e salas de aula em geral em palcos de crimes ganharam destaque no noticiário nacional. Um professora do Rio foi presa por manter relações sexuais com duas alunas de 13 anos. Uma universitária diz ter sido chamada de Lady Kate - personagem do programa Zorra Total - pelo educador em São Paulo. Uma diretora foi agredida por um jovem de 15 anos em Santa Catarina.

Para a professora Helena Côrtes, da faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), há uma "omissão" no papel educacional da família, que é de desenvolver valores na criança. "A escola, de maneira geral, reflete a sociedade em que vivemos. Ela espelha o entorno social em que ela está inserida. Vivemos em uma sociedade violenta, com limites frouxos", disse. Para a professora, se o aluno vive em ambiente em que nada lhe é cobrado por parte dos pais, ele não vai respeitar a autoridade do educador. "Reflete na relação professor-aluno o fato de que ninguém respeita a polícia, a Justiça, os pais", afirmou.

Segundo a professora Neide Noffs, coordenadora do curso de Psicopedagogia da PUC-SP, o aumento da violência em todos os setores da sociedade é um dos reflexos de mudanças no contexto familiar. "Os pais não conseguem disciplinar seus filhos pela própria situação de deterioração do modelo de família. Eles se apresentam completamente impotentes para lidar com situações de agressão - às vezes eles mesmos são agredidos", disse.

A violência, para a professora Helena, tem a mesma base nas instituições públicas e privadas: a educação dentro de casa. Há, porém, algumas "peculiaridades" em relação ao ambiente econômico em que os pais vivem. "Os filhos reproduzem o que ouvem dentro de casa. Na escola privada, ele ouve que paga o salário do professor, então o professor é um servo, é desvalorizado por ser um funcionário a serviço da família das classes A e B", disse. Já nas comunidades carentes, segundo Helena, a violência em sala de aula é um reflexo de características daquela comunidade, como a marginalidade, o tráfico de drogas, a falta de definição de valores e a inexistência de vínculos familiares. Para a professora Neide, a diferença está apenas na vigilância dos alunos de instituições particulares, o que pode dar a impressão de que a violência é menor nestes locais.

Para Helena, há um sentimento de "deixar que a escola ensine". "As pessoas deixaram de assumir responsabilidade. A família da classe A terceiriza para não se incomodar, para poder aproveitar seu spa. Já a família carente terceiriza porque não tem condição de segurar, de ensinar". Isso, porém, sobrecarrega a escola e o professor.

A falta de condições para trabalhar é o principal fator apontado por Neide para a situação de estresse vivida por muitos professores nas salas de aula de todo o País. Segundo ela, as jornadas muito longas, duplas e às vezes triplas do corpo docente desgastam o educador. "Ninguém o respeita, ele come de pé, não tem livro para se atualizar... Ele vai se desanimando", afirmou. Para ela, além melhorias no ambiente de trabalho, o educador deveria ter uma preparação mais específica. "A formação do professor implicaria em um trabalho pessoal. Reforçar que um bom professor não é aquele que ensina conhecimentos corretos, mas também aquele que é tolerante e desenvolve valores, tem tempo para ele mesmo, tem uma distração", disse.

Para as duas especialistas, a articulação entre a família e a escola é essencial para coibir comportamentos violentos em sala de aula. "A educação escolar não opera sozinha. Ela pode ficar batendo na tecla, mas se a família não ajuda, não adianta", disse Helena. "A escola não é prisão. Eles não vão para serem reeducados socialmente, vão para aprender. Mas tem que ter clima, tem que der um mínimo de diálogo e participação dos pais na escola", afirmou Neide.



Isadora Gasparin

Redação Terra
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Violência nas escolas preocupa professores

sábado, 13 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários


Pelo menos um milhão de estudantes sofrem algum tipo de violência nas escolas, todos os dias, no mundo. Os dados são da organização não governamental Internacional Plan (de origem inglesa), que atua em 66 países em defesa dos direitos da infância.

No Brasil, 70% dos 12 mil alunos pesquisados em seis Estados afirmaram já terem sido vítimas de algum tipo de violência na escola. Outros 84% desse total apontaram as escolas deles como violentas. O problema tem sido motivo de preocupação de professores da região de Maringá, que veem a violência crescer a cada dia, inclusive, dentro das salas de aulas.

Na semana passada, a professora Carla Ferreira Gomes sofreu ameaças de morte, quando dava aulas em uma escola de um bairro de Sarandi. O carro foi riscado com xingamentos e ameaças de morte.

O caso está sendo investigado pela Polícia, que ainda não pode dizer se as ameaças partiram de alunos ou não, mas serviu de pano de fundo para se voltar à discutir a questão de violência em ambiente escolar.

Para a chefe do Núcleo Regional de Educação, Vera Baroni, o problema da violência é um reflexo da sociedade. "A violência não nasce na sala de aula, mas do lado de fora da escola, por isso, a dificuldade de combate é maior". A professora acredita que a principal questão é que alguns valores se perderam. "A falta de tolerância, de consenso, tudo isso chega na escola e provoca esse tipo de problema".

De acordo com a chefe do Núcleo, as escolas da região, municipais, estaduais, e particulares, têm se preocupado com o problema e discutido formas de combatê-lo. "A violência ocorre na rua, dentro de uma empresa, dentro de casa, em uma festa e também na sala de aula. Entre os alunos, entre professores e alunos. Temos que fazer um grande trabalho para resgatar os valores da família e da sociedade".

Vera lembra que não se pode confundir violência com indisciplina. "A indisciplina é responsabilidade direta da escola, agora casos de violência são uma questão mais complexa que precisam ser discutidos e solucionados em conjunto com a sociedade", diz.



Maringá

76.078 foi a quantidade de alunos matriculada da pré-escola ao ensino médio em 2009.

Edmundo Pacheco
Notícia O Dia Rio
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Um Peixe de Calças Jeans entra na lista dos mais vendidos!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários



O livro Um Peixe de Calças Jeans e outras histórias para unir entrou na lista dos mais vendidos da Editora Livro Novo! Essa é uma grande conquista para um livro tão recente, ainda mais quando observamos a lista recheada de títulos excelentes dessa mesma Editora.

O escritor Allan Pitz, acredita que a procura pelo livro não se deve somente pela evidência do bullying escolar na mídia. - As pessoas estão percebendo que o "Peixinho" não é um livro comum. É uma tentativa de purificar as crianças através de cinco historinhas subconscientes, como aprendi com o genial Dr. Joseph Murphy. Essas historinhas estão numa sintonia de integração e paz, as mentes infantis deverão assimilar tudo isso naturalmente! A leitura e, a lembrança das questões de cada história, farão com que o subconsciente formador ignore a violência e o preconceito. Ainda queremos ir além, nossa ideia é conseguir parcerias para fazer um dvd com os cinco desenhos animados contra o bullying, levar para projetos teatrais, fazer bonecos dos personagens para que as crianças remontem as historinhas em casa. Só estamos engatinhado!

Pitz lembrou ainda que seu livro é apenas uma semente, e que os esforços devem continuar dia após dia no combate permanente ao bullying: - Meu livro é simples, é só uma sementinha subconsciente de não violência. Devemos escrever livros nessa mesma onda de não violência para todas as idades escolares; eu mesmo aceitarei parcerias de estudiosos dessa área para o futuro. Podemos fazer mais dentro da teoria subconsciente, e da sintonia exemplar que Gandhi nos deixou com o Satyagraha.

Quando perguntado sobre as novas formas e estudos para o combate ao bullying, o autor respondeu que basta olhar para a vida e a obra desses dois homens, Dr. Muphy e Gandhi, para já encontrarmos aí milhões de respostas imediatas para a questão da violência. - As respostas para o problema já existem, a questão não é mais discutir: é agir!


Matéria Melissa Pavaninni
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Cartilha Nacional de Combate ao Bullying

Postado por Allan Pitz 0 comentários


Link para baixar a cartilha:
http://www.cnj.jus.br/images/Justica_nas_escolas/cartilha_web.pdf

O Conselho Nacional de Justiça lançou uma cartilha para ajudar pais e educadores a prevenir o problema do bullying nas suas comunidades e escolas. O material está disponível gratuitamente na internet.

A cartilha contém 15 tópicos que tratam desde a definição do bullying e suas manifestações, até como os pais e educadores podem lidar com os casos. Um dos temas ajuda a identificar se a criança está sofrendo o assédio a partir de seu comportamento em casa e na escola.

A publicação é de autoria da médica psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, que também escreveu o livro “Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas” sobre o mesmo tema. O lançamento foi feito durante o seminário Projeto Justiça na Escola, na Escola de Magistratura Federal (ESMAF), em Brasília.



http://www.cnj.jus.br/images/Justica_nas_escolas/cartilha_web.pdf
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Pânico de ir para a escola

segunda-feira, 8 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários


Suposta gangue comandada por meninas faz vítimas e leva temor a estudantes de escola estadual da zona norte de Sorocaba.


Brigas na saída de escolas existem desde que nossos bisavós eram estudantes, ou antes. “Pode ser uma forma de se impor diante dos amigos”, explica a psicóloga Vanessa Sanches. Mas em alguns casos os pequenos conflitos que começam na sala de aula são transformados em um cotidiano de terrorismo psicológico e físico. No Jardim Guadalupe alunos de uma escola estadual e seus familiares temem a ação de uma suposta gangue, formada quase que exclusivamente por meninas, que teria protagonizado casos de violência contra adolescentes nas últimas semanas.

As queixas a respeito do bando – formado por duas ex-alunas da Escola Estadual Roque Conceição Martins e suas amigas – começaram a surgir há seis meses. As vítimas são sempre meninas e pelo menos três chegaram a ser agredidas fisicamente. O caso mais recente vitimou a estudante I., 13 anos, que teria sido cercada por um grupo de mais de 10 garotas na saída da escola e agredida com chutes e socos. O motivo da agressão: a vítima não teria aceitado “ficar” com um amigo das agressoras.

“Isso foi só o desfecho. Todos os dias elas me esculaxavam. Jogavam lixo em mim dentro da escola, era um horror”, afirma a estudante, que foi agredida no dia 19 de outubro e ainda não tem coragem de retornar à escola.


Transferidas
Embora a diretoria da escola estadual Roque Conceição Martins alegue que não irá se pronunciar sobre o caso, funcionários confirmaram à reportagem que as meninas que teriam sido pivô das recentes brigas foram transferidas para outras escolas da rede. Mesmo assim, como são moradoras das imediações, elas continuariam coagindo estudantes da escola com a ajuda da suposta gangue que integram.

As famílias de alunos cogitam a elaboração de uma abaixo-assinado que seria entregue à Polícia Militar solicitando a colocação de policiais na porta da escola nos horários de entrada e saída de alunos. Apesar da PM ter o programa de ronda escolar, o comando da corporação afirma que é impossível manter uma viatura na porta de cada escola da rede pública da cidade sem comprometer o patrulhamento ostensivo de prevenção a crimes que é feito no restante da cidade.


Ministério Público vai apurar

Os casos de violência ocorridos na Escola Roque Conceição mobilizaram o Ministério Público de Sorocaba a investigar a existência de outras possíveis gangues que agem nas escolas. Segundo o promotor da Infância e Juventude Antônio Farto Neto, os integrantes desses bandos, se forem menores de idade, poderão ser submetidos às medidas sócioeducativas do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).


Mãe de vítima teme represálias:
‘Nem dormir eu consigo mais’
Eliana da Silva Rios, 29, mãe de uma das alunas agredidas, afirma que a violência que nasceu na esfera escolar mudou a rotina da família: “Está todo mundo com medo, pois tememos que as meninas e seus conhecidos possam querer se vingar pelo fato delas teria sido obrigadas a deixar a escola.”

Há seis anos Eliana deixou a Bahia e chegou a Sorocaba, mas diz que não imaginava ter de enfrentar a tensão que está vivenciando por aqui. “Minha filha jamais gerou uma queixa na escola. Não acredito que estamos tendo de passar por esse nervo por causa de um grupo de menores de idade”, afirma. Eliana chegou a registrar um boletim de ocorrência contra as adolescentes, que teriam ido à frente de sua casa para fazer ameaças.


Mães mudam suas rotinas

A reportagem encontrou um grupo de mães esperando seus filhos saírem da escola por volta do meio-dia de quarta-feira. Após casos de violência, elas passaram a levar e buscar adolescentes na porta da unidade de ensino temendo que jovens possam ser agredidos por motivos banais.


Polícia civil entra no caso
O delegado José Augusto de Barros Pupim, titular da Diju (Delegacia de Infância e Juventude de Sorocaba) afirma que está trabalhando para identificar as pessoas ligadas às agressões para verificar se realmente elas formam uma gangue. Vítimas e testemunhas das agressões, assim como as menores acusadas, serão intimadas a depor durante o inquérito já aberto.



Notícia Mayco Geretti
Agência Bom Dia
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Automutilação e bullying levaram Demi Lovato a centro de reabilitação

sábado, 6 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários

A cantora e atriz adolescente Demi Lovato, que cancelou uma turnê para se internar num centro de reabilitação, está em tratamento para combater transtornos alimentares e problemas relacionados à automutilação, disse uma porta-voz da artista.

Lovato, 18 anos, está recebendo "tratamento médico por questões emocionais e físicas que vem enfrentando há algum tempo", afirmou a porta-voz em um comunicado.

"Demi tem uma longa história de luta contra essas questões. Ela enfrentou o bullying na escola, lutou contra os transtornos alimentares e contra os cortes (que ela mesma faz)", completou.

Lovato estava viajando pela América Latina com os Jonas Brothers, seus colegas desde a época da Disney, antes de interromper os compromissos do fim de semana. No começo do ano, ela namorou Joe Jonas, irmão do meio do grupo.

A atriz texana despontou como estrela no filme do Disney Channel Camp Rock, de 2008, interpretando uma garota pobre que se apaixona pelo personagem arrogante de Joe Jonas, um astro do rock. A sequência do longa foi lançada há cerca de dois meses.




Notícia Terra
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Ministério Público do Estado tem 20 registros de bullying

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Bahia - Apesar de não haver dados estatísticos que revelem o número de estudantes que praticaram ou sofreram algum tipo de violência física ou psicológica por colega nas escolas, educadores reconhecem a existência na Bahia dessa prática conhecida como bullying. No Brasil, 70% dos alunos entrevistados na pesquisa Plan Brasil sobre Bullying no ambiente escolar revelaram terem visto pelo menos uma vez um colega ser maltratado na escola no ano de 2009. No Nordeste, essa incidência foi de 24%.

A promotora de justiça Edna Sara Cerqueira, que atua com adolescentes em conflito com a lei e coordena a campanha Bullying não é brincadeira, do Ministério Público da Bahia, ressalta que a denúncia, seja ela no âmbito institucional ou jurídico, é a principal arma contra este tipo de violência. “O silêncio só fortalece a impunidade”, pontua. Atualmente o MP-BA trabalha com 20 casos de atos infracionais relacionados ao bullying, sendo quatro deles cometidos com uso da internet. De janeiro a setembro deste ano, nove casos foram registrados pelo órgão.

Conforme a promotoria, muitos casos não são notificados ou são registrados como lesões corporais e somente na apuração se descobre que houve humilhação na escola. As denúncias também podem ser feitas ao Conselho Tutelar ou à Delegacia do Adolescente Infrator. As redes municipal e a estadual de ensino também não possuem estatísticas de casos que são resolvidos na instituição.

Recuperação - Para a criança e o adolescente que cometem este tipo de infração, as medidas socioeducativas adotadas vão desde a advertência até a internação em casa de acolhimento. Aos pais e educadores, conforme o especialista em psicologia educacional Carlos César Barros, cabe trabalhar com o tema de forma aberta e ficar atento a mudanças de comportamento.

Tire suas dúvidas:

1. O que é bullying?

Comportamentos agressivos na escola, de modo intencional e repetido, sem motivações específicas ou justificáveis. Pode ser verbal, física e material, psicológica e moral, sexual ou virtual.

2. O que causa à vítima?

Desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos, comportamentais e psíquicos, como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. Em casos mais graves, esquizofrenia, homicídio e suicídio.

3. Como detectar a vítima?

Na escola, costuma ficar sozinha. Na sala de aula apresenta postura retraída. Em casa, queixa-se de dores no período que antecede o horário da escola.

4. Como identificar um praticante de bullying?


Os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações e constrangem alguns alunos. Em casa, têm atitudes desafiadoras e agressivas com os familiares. Mentem de forma convincente.

5. Como pais e professores podem ajudar a vítima?

Os pais devem buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos.

Fonte: Cartilha do Conselho Nacional de Justiça.



Notícia A Tarde
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Garoto alvo de agressão

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Santa Maria, RS – A mãe de um menino de 11 anos procurou a polícia nesta semana para registrar que o filho estava sofrendo agressões constantes na escola onde estuda e seria vítima de bullying, em Santa Maria, há pelo menos quatro meses.

Segundo a mãe, desde o segundo trimestre do ano letivo, o filho levava socos, chutes, tapas no rosto e era derrubado no chão e esganado por dois colegas – um de 14 anos e outro de 17 anos. Além disso, os agressores obrigariam a vítima a fazer as tarefas e a levar jogos de computador para eles. Os garotos ainda ameaçariam o menino, dizendo que se ele contasse algo sairia da escola em um caixão.




Notícia Pioneiro
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Tão jovens, tão cruéis

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Para professor que teve o filho morto por causa do bullying, a hostilidade na escola é disfunção de toda a sociedade



Como explicar o comportamento esdrúxulo de três jovens que agrediram um casal de gays numa festa de faculdade desferindo contra os dois, além de chutes, xingamentos e latinhas de cerveja, toda a sua ira homofóbica? Como entender a atitude de um grupo de rapazes que achou que seria um tanto cômico tratar suas colegas como montaria subindo-lhe nas costas e gritando: "Pula, gorda!"? E ainda qual o problema da menina de 14 anos que usou a lâmina do próprio apontador para cortar - nove vezes - o rosto da companheira de classe? Afinal, jovens, por que tanta raiva?

Educador há mais de 37 anos e pai de Curtis - que morreu em consequência de um vida inteira de bullying -, Allan Beane é hoje um militante da causa "mais respeito, por favor!" O autor de Proteja Seu Filho do Bullying diz que o problema não se circunscreve à juventude. É um mal de toda a sociedade, que de modo geral está mais tolerante à violência - nas ruas, nas escolas, dentro de casa. Estamos apáticos em relação a dor dos outros, e lentos demais para ir em defesa de quem está sendo rechaçado, pisoteado, humilhado. E ainda por cima, comenta Beane, gostamos de responsabilizar as vítimas de agressão pelas próprias indiscrições ("Também, com aquele vestidinho rosa, o que ela esperava?"). Somos nós, portanto, enquanto sociedade, que estamos disfuncionais.

Por que tanta agressividade entre crianças, adolescentes e jovens até na universidade?

Às vezes, adolescentes machucam colegas por inveja, ou para serem aceitos por determinado grupo, ou pelo simples fato de que temem se tornar vítimas de maus-tratos. Pode ser que admirem a independência, o poder e a popularidade do valentão da escola. Às vezes, porém, a causa do bullying é muito mais simples. Adolescentes agem dessa forma porque sabem que não terão que lidar com as consequências de seus atos. Como adultos, muitas vezes ignoramos as atitudes agressivas de nossos filhos, não os orientamos corretamente. Como professores, não somos atentos, não prestamos atenção ao que está acontecendo nos banheiros, corredores, escadarias e playgrounds da escola. Aliás, o bullying se tornou um problema econômico, além de comportamental. De acordo com a Associação Americana de Medicina, 160 mil crianças preferem ficar em casa com medo de serem agredidas em seu caminho até a sala de aula. Há pesquisas sugerindo que 7% dos estudantes de oitava série matam, ao menos, um dia de aula por mês. E, como grande parte do financiamento às escolas é baseado na frequência dos alunos, esse é um problema educacional de larga escala. A organização Plan International estimou o custo do bullying para o mundo: US$ 60 bilhões. Agora, o custo para a humanidade é bem maior. Nossas crianças ficam mais ansiosas, depressivas, doentes. O bullying existe desde o jardim de infância até a faculdade, e, mais adiante, no ambiente de trabalho. Não está restrito aos jovens. Ocorre em todas as comunidades, em todas as escolas, em todas as esferas da vida.

Se a escola é um microcosmo da sociedade e se o bullying é tão recorrente, o que isso diz sobre nós? Estamos menos cordiais?

Acho que houve uma deterioração no modo como as pessoas se tratam. Estamos menos dispostos a ajudar alguém em perigo, ou que está em uma situação de vulnerabilidade. Sempre houve bullys no mundo, mas acho que esse é um fenômeno mais presente em nossas escolas hoje. Sabe-se que crianças que estão sofrendo por dentro geralmente tentam transferir aos outros sua dor. Às vezes, são os adultos que maltratam seus filhos, gerando uma reação em cadeia de ódio e intolerância. Por sua vez, os filhos podem se tornar agressivos com os colegas para descontar a raiva que sentem dos pais. Bullying geralmente conduz a atitudes mais violentas, como brigas, facadas e tiros - nunca nos esqueceremos de Columbine. Acredito que vivemos uma "crise de espectadores", ou seja, muitas pessoas ignoram o colega que está sendo empurrado, socado, esmagado na lata de lixo. Nossa sociedade está passiva diante do desrespeito e pagamos um preço terrível por isso. Essa permissividade é desastrosa.

E qual a carga de responsabilidade dos pais?

Alguns pais fracassaram enquanto educadores. Não ensinaram aos filhos como controlar seu temperamento. Por falta de disciplina, muitos jovens hoje não têm freios. Se crianças não respeitam nem os pais, é provável que não respeitem mais ninguém.

Por que é legal ser o badboy, e não o geek?

Existem muitos elementos de nossa cultura pop que estimulam o bullying. A mídia, por exemplo, promove constantemente a violência e o conflito. A indústria do entretenimento tornou cool to be cruel. Reality shows são baseados em conflitos interpessoais e desrespeito - queremos ver o circo pegando fogo. Em séries de TV, os badboys são os heróis. Os filmes de highschool ensinam que para ser popular é preciso ser a garota má da escola. Esse comportamento é estimulado, racionalizado, justificado.

No que o bullying se diferencia da fofocas, dos apelidos, do puxão de cabelo?

Reconheço que o termo é usado em exagero. Esse é o perigo de todo rótulo. Por vezes, uma pessoa que foi maltratada uma vez é considerada vítima de bullying, quando, na verdade, o termo se refere a uma agressão rotineira. Bullying é um comportamento agressivo - físico, verbal, social, escrito, eletrônico - que tem intenção clara de machucar, física e/ou psicologicamente, e que se dá repetidas vezes. E o agressor não necessariamente é o mesmo, pode ser um grupo inteiro de alunos. Alguns especialistas discordam dessa definição porque entendem que, se alguém foi agredido, uma vez que seja, mas com tal intensidade de forma que se lembrará disso para o resto da vida, então isso deveria ser entendido como bullying. De todo modo, há que se atentar para o fato de que agressividade é um traço pessoal razoavelmente estável da personalidade de alguém. Por isso, pessoas que foram bullys enquanto crianças podem se transformar em bullys adultos - aqueles caras que tornam o ambiente de trabalho insuportável. É claro, alguns amadurecem e aprendem a controlar suas emoções, outros não.

Recentemente, alguns pré-adolescentes americanos decidiram se matar, no que tem sido chamado pela imprensa de uma "epidemia de suicídios por bullying". Até que ponto podemos responsabilizar os bullys por isso?

O "bullycídio" é a terminologia que se usa para falar de adolescentes que tiraram a própria vida por causa de bullying. Sim, essa é uma realidade que pouca gente conhece. Eu me refiro a milhares de estudantes que tentam - mesmo não tendo sucesso - se suicidar por causa das agressões constantes na escola. Dezenove alunos tiveram a coragem de me confessar que tentaram se matar. Têm medo de falar para os adultos o que está se passando por várias razões: sentem vergonha de não conseguir se defender sozinhas; temem que os pais só piorem as coisas fazendo um barraco na escola, por exemplo; ou já viram outras crianças delatarem o bully sem que nenhuma providência fosse tomada. É claro que há jovens com problemas mentais, que vem de famílias desestruturadas e que apresentavam problemas anteriores. Mas o bullying é um fator que contribuiu para que a gilete afundasse mais forte no pulso, para que a mão virasse o pote inteiro de comprimidos, para que ele ou ela tivesse a coragem de chutar a cadeira.

Foi o que aconteceu com o seu filho Curtis?

Meu filho Curtis foi vítima de bullying durante quase toda a vida escolar. Como a maioria dos pais, tentei dar os melhores conselhos para ele, mas falhei. Naquela época, não se sabia tanto como lidar com esse problema. Eu falava para ele ignorar o valentão da escola, fingir que aquelas coisas não o incomodavam. Errei ao não entrar em contato com a escola, e a escola também errou porque sabia que o meu filho estava sendo perseguido, mas não fez nada, e nunca me avisou do que estava acontecendo até tempos depois. As crianças que ameaçavam Curtis eram os populares do colégio, os bons em esporte. Curtis não era bom em nenhum esporte e não era o queridinho da escola. Com os anos, ele desenvolveu problemas de ansiedade, baixa autoestima e depressão. Tinha dias que não queria sair da cama. Quando Curtis já tinha 23 anos - o bullying o acompanhou também pelos anos de faculdade -, morreu de uma overdose de metanfetamina. Eu me senti completamente desamparado. Um fracasso enquanto pai.

O bullying deve ser criminalizado?

Acredito que na maioria das vezes nós culpamos as vítimas da agressão. Consideramos que são fracotes, quando, na verdade, são muito resistentes por aguentar alfinetadas diárias por tanto tempo. A solução recai sobre os pais e a educação que dão aos filhos. Somado a isso, a comunidade e as escolas precisam ter programas eficientes para lidar com a questão usando estratégias de prevenção. Acho também que a sociedade deve responsabilizar mais os estudantes por conta de seus atos. Precisam saber que suas ações terão consequências verdadeiras. Já ajudei advogados em seis ocasiões, quando pais de crianças vítimas de bullying processaram as escolas por negligência. Leis apropriadas para evitar o bullying podem ser ferramentas poderosas para atuar em conjunto com outras soluções.

Uma pesquisa Care.com revelou que pais americanos temem mais "amigo de Facebook" do que "estranho no playground".


Sim. Infelizmente, as redes sociais são usadas como ferramentas para humilhar, constranger, difamar e machucar os outros. Como jovens estão em contato direto por meio do Facebook, Orkut, Twitter, o bullying ultrapassa o período que os alunos ficam na escola e invade todos os momento de sua vida. Fofocas se espalham mais rapidamente e para mais pessoas, num efeito destrutivo que é potencializado pela universalidade da internet. Alunos já me confessaram que se sentem outras pessoas na internet. Têm menos medo de falar o que pensam. Eles ficam presos numa espiral de "cyber-maldade" e disputam para ver quem é mais cruel que o outro.

No Brasil, temos o trote de calouros, uma espécie de bullying institucionalizado, que às vezes foge do controle. Já houve histórias de jovens cobertos com excremento, queimados por ácido ou mortos por afogamento.

Passar por experiências de maus-tratos não ser um rito de passagem. Cada vez menos universidades toleram esse tipo de atitude e cada vez mais delas tomam medidas de segurança para prevenir isso. A vida universitária deveria ser um momento de crescimento intelectual e emocional. Infelizmente, alguns jovens se sentem no direito de postergar sua maturidade às custas de outros.

Existe um videogame que se chama Bully. Para avançar no jogo, é preciso infernizar ao máximo a vida dos coleguinhas. Que influência esses jogos têm, de fato, sobre o comportamento dos jovens?

É lixo. Não precisamos de jogos assim. Que valor eles têm? De que forma ajudam a tornar o jovem uma pessoa melhor? Não sabemos ao certo o impacto que os videogames têm sobre a mente e o comportamento, mas essa relação lúdica com a violência geralmente se manifesta da pior forma quando o jovem está com raiva, frustrado ou desapontando com alguma coisa ou alguém. As pessoas são livres para tomar as próprias decisões e saber o que é bom para elas ou não. O que eu quero deixar claro para os pais é que esse tipo de jogo pode influenciar as atitudes de seus filhos, mesmo que eles não tenham total consciência disso.



Carolina Rossetti - O Estado de S. Paulo

Reportagem Estadão
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Vítima de bullying morre nos braços do pai

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Uma jovem asmática de 12 anos, Holly Stukey, morreu nos braços do pai após regressar da escola, na cidade de Bridgend, no Reino Unido. A menina, vítima de bulliyng há vários meses, chegou a casa com queixas de dores no peito, tendo falecido em seguida.

Depois da morte da criança, os pais de Holly encontraram várias cartas escondidas pela própria filha que davam detalhes sobre os meses de sofrimento na escola britânica.

O pai entregou cópias dos documentos à polícia com o nome de 13 alunos que estariam envolvidos nos actos de bulliyng. Contudo, a morte de Holly não está sendo tratada pelas autoridades como um homicídio, apesar de estarem sendo investigadas as circunstâncias de sua morte.



Notícia Correio da Manhã
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Após casos de suicídios de jovens, EUA lançam campanha contra bullying

quinta-feira, 4 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários


Bullying é uma palavra em inglês que descreve um problema universal: o abuso físico e moral entre jovens. Nos Estados Unidos, artistas decidiram reagir para combater esse mal.

É um contra-ataque em massa àqueles que usam o bullying como arma de humilhação, violência psicológica, abuso moral e até físico.

Além de atores incentivando as vítimas a denunciar, a secretária de Estado americana Hillary Clinton fez um pronunciamento.
"Eu tenho uma mensagem para os jovens, para aqueles que se sentem sozinhos e pensam que o futuro é ruim. Primeiramente, esqueçam isso. Peçam ajuda. Sua vida é muito importante para sua família, para seus amigos, para seu país", declarou Hillary.
Hillary Clinton diz isso porque nos últimos dias os americanos viram vários suicídios de jovens, vítimas de bullying, porque - entre outros motivos - eram gays ou porque as pessoas achavam que eles eram gays.

É uma história mais triste que a outra. Entre os casos mais conhecidos está o de Phoebe Prince. Aos 15 anos ela se matou para escapar das agressões verbais e das torturas físicas.
Não suportou os tormentos daqueles que eram para ser amigos de escola.
Entre as histórias mais recentes está a de Tyler Clementi. Aos 18 anos ele se jogou de uma ponte para se livrar das provocações. Gravadas sem autorização, imagens dele dando beijo em outro homem foram parar na internet.

Um depoimento recente emocionou. Na abertura da sessão da Câmara Municipal de Forth Worth, o vereador Joel Burns relembrou momentos da adolescência na escola e chorou ao falar dos ataques que sofria de outros alunos.
A grande maioria dos 50 estados americanos já adota leis para combater o bullying. Mas todos concordam que só punição não basta. A conversa continuará a ser a principal ferramenta de prevenção.
E foi por isso que artistas da Broadway se juntaram à campanha "It gets better" - que em português significa: "Isso melhora". Em forma de música, eles dizem: "Quando você se sentir sozinho e o mundo se mostrar cheio de ódio, isso não é o fim":
A música diz: "Isso melhora, melhora, melhora/ a dor vai sumir, sumir, sumir /se você cair, apenas levante, levante, levante / porque existe um outro jeito / Isso melhora, melhora, melhora / o mundo fica mais leve, leve, leve / então, seja um lutador, lutador, lutador / apenas viva para ver esse dia.”


Fonte: Jornal Bom Dia Brasil – 22/10/2010
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Mais uma adolescente é espancada em escola de São Gonçalo

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Notícia de São Gonçalo - RJ


X., de 13 anos, está há dois dias sem ir à escola. O motivo, dessa vez, não é a ausência de professores ou a distância da instituição de ensino, tampouco a falta de vontade da estudante, já que ela é considerada uma das mais aplicadas da Escola Estadual Coronel João Tarcísio Bueno, no bairro Paraíso, em São Gonçalo.


O que impede a adolescente de andar 100 metros de sua casa à instituição de ensino é um problema grave - e velado - que ultrapassou os muros das escolas e invadiu as salas de aula: a violência. Na última quarta-feira, dia 27 de outubro, X. foi agredida a socos e chutes por seis alunos, entre meninas e meninos, no banheiro da escola, após ser acusada de ter feito fofoca de uma delas. Segundo a vítima, as agressões só não foram piores porque um amigo conseguiu impedir que a violência continuasse e a retirou do chamado ‘corredor polonês’.


Revoltada com o descaso com o que o episódio foi tratado pela direção da escola - que teria dispensado os alunos sem notificar o fato aos pais - a mãe da adolescente, a dona de casa Y, 30, decidiu denunciar o crime, que está sendo investigado por policiais da 73ª DP (Neves) como lesão corporal. Com hematomas no rosto e nas costas, ela foi encaminhada ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), onde foi submetida ao exame de corpo de delito.


“Estou apavorada com isso tudo. Estou com medo de deixar minha filha ir à esquina, pois eles prometeram fazer pior. Ela está sem estudar e deve repetir por falta. Vou fazer de tudo para que isso não fique impune”, disse, indignada, a mãe da estudante.


X. também demonstra preocupação com as ameaças, contudo, sua maior preocupação é com a perda das aulas. “Estou sentindo tanta falta da escola e queria até voltar, mas fiquei com medo depois que isso aconteceu”, comentou a adolescente.


A tristeza de X. foi amenizada com a solidariedade de quatro colegas de turma, que a visitaram após o término das aulas, na manhã de sexta-feira. “Eles disseram que não esqueceram dela. Eu também estou com medo e pedi para o meu pai me buscar na escola”, comentou a amiga da vítima, de 13 anos.


O Conselho Tutelar vai acompanhar o caso. Policiais da 73ª DP irão intimar os envolvidos para prestar depoimento, inclusive a direção da instituição de ensino. A Secretaria de Estado de Educação informou que vai apurar o caso através da Coordenadoria Regional Metropolitana II (SG).


Casos de violência se multiplicam na região


Esse não é o único caso de violência na escola investigado pela Polícia em São Gonçalo e Niterói. Outro ainda mais grave ocorreu no último dia 15. Familiares do estudante Jean Teixeira Justen, 14 anos, denunciaram que o adolescente morreu após ser espancado dentro da Escola Municipal Profª. Marlucy Salles de Almeida, na Trindade, em São Gonçalo. A mãe do estudante, a dona de casa Lucimar Teixeira Justen, 35, acredita que o motivo da agressão foi o fato de Jean ser portador de nanismo, doença genética que retarda o crescimento. A direção da instituição de ensino negou que o estudante tenha sido submetido a qualquer tipo de perseguição por parte dos outros alunos e afirmou que o ferimento na cabeça sofrido pelo adolescente, no dia 9 de setembro, ocorreu acidentalmente durante uma brincadeira de bola com uma colega de classe. A Polícia Civil aguarda o resultado do exame de corpo de delito e o laudo cadavérico para saber as causas da morte de Jean.


Há quatro dias, uma mãe acusou uma das coordenadoras de turma do Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Emiliano Di Cavalcanti, no Badu, na Região de Pendotiba, em Niterói, de ter agredido o filho dela, de 8 anos. O caso está sendo investigado por policiais da 79ª DP (Pendotiba).

‘Vou até o fim por minha filha’

O que mais me espanta é a agressividade desses alunos e a indiferença de alguns profissionais de ensino com relação à violência nas escolas. Tenho certeza que casos como esses são comuns, mas as pessoas não têm coragem de denunciar. Não eduquei minha filha a base de pancadas e não vou deixar que façam isso no local onde ela deveria estar construindo o futuro dela. Vou até o fim para que essa brutalidade não fique impune. (Dona de casa, mãe da menina).


Notícia O São Gonçalo
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Violência na escola pode custar US$ 943 milhões ao ano no Brasil

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Estudo em 13 países calculou que o custo da violência nas escolas pode chegar a US$ 60 bilhões.


De acordo com a organização de defesa das crianças o bullying atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Um estudo internacional estima que o custo da violência nas escolas no Brasil pode chegar a US$ 943 milhões por ano.

A pesquisa foi feita pela organização britânica de defesa das crianças Plan International e o Instituto Overseas Development (ODI, na sigla em inglês). Segundo o relatório publicado, o custo da violência nas escolas, apenas levando em conta os benefícios sociais aplicados anteriormente, pode chegar a US$ 60 bilhões se computados todos os 13 países pesquisados.

No cálculo foi considerada a perda de ganhos de uma pessoa que deixa de comparecer à aula ou desiste da escola por causa da violência e mediu também as perdas do investimento público em educação devido às faltas dos alunos nas escolas.

De acordo com o relatório, os Estados Unidos, por exemplo, pagam um alto preço pela violência entre jovens, dentro e fora da escola. A Plan International estima que o custo total de todas as formas de violência juvenil entre os americanos chega a US$ 158 bilhões.

E para o Brasil, o caso não parece ser diferente, segundo o levantamento.

"Muitas escolas no Brasil se transformaram em lugares perigosos para crianças, com violência brutal e até homicídio, além de abuso sexual, roubos e danos à propriedade", alerta o documento.

"84% dos estudantes que participaram da pesquisa feita em seis capitais brasileiras acharam suas escolas violentas e 70% disseram que foram vítimas de abusos."

"Isto reflete os altos níveis de violência na sociedade brasileira. A estimativa é de que a violência entre jovens tenha um custo de US$ 19 bilhões por ano, sendo que destes US$ 943 milhões podem ser ligados a violência na escola", informou o relatório.

Segundo o documento da Plan International, a violência nas escolas é um problema que afeta igualmente países desenvolvidos e em desenvolvimento. No entanto, a organização reconhece que é "impossível calcular a verdadeira extensão (do problema), pois as crianças geralmente têm muita vergonha ou muito medo de falar a qualquer um sobre isso".

O relatório descreve uma "relação próxima" entre o bullying nas escolas e a violência entre jovens.

De acordo com o estudo, entre 20% e 65% das crianças no mundo todo afirmam que sofreram bullying, mas esta proporção pode ser maior, pois a organização afirma que a violência na escola é pouco denunciada.

Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de um quinto dos estudantes do equivalente ao ensino médio afirmaram que foram vítimas de abuso várias vezes, de acordo com dados coletados pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

A prevalência do bullying nas escolas americanas é tão alta que o CDC trata o problema como uma questão de saúde pública.

"Como resultado, você não vai à escola, você está perdendo a oportunidade de aprender", afirma Julie Hertzog, diretora do Centro Nacional Americano para Prevenção do Bullying, dirigido pela organização de defesa das crianças Pacer.

Para o diretor-executivo do grupo de defesa americano CeaseFire, Gary Slutkin, o bullying não está diretamente ligado à violência entre jovens.

"Bullying não é a mesma coisa que violência letal mas pode se agravar progressivamente, e a sociedade americana está gradualmente tomando a decisão de que (o bullying) não é mais aceito como algo normal", disse Slutkin, cuja organização trata a violência entre jovens com o uso de um modelo de saúde pública.

Outros países

O relatório da Plan International diz ainda que em 88 países, incluindo a França e alguns Estados americanos, os professores tem permissão legal para punir fisicamente os alunos.

E cita casos como o do Egito, no qual 80% dos meninos e 67% das meninas já sofreram punição corporal.

O documento menciona ainda a situação na Etiópia, onde a punição corporal é proibida, mas as leis de proteção à criança não são aplicadas e as punições continuam sendo aplicadas. Um estudo naquele país mostra que 80% das crianças foram obrigadas a ajoelhar, receberam pancadas na cabeça, tapas ou pancadas com uma vara.

Outro problema levantado é a violência sexual. Um estudo realizado por estudantes em Serra Leoa mostrou que 59% das meninas tinham sofrido abuso sexual.

No Equador 37% das adolescentes que foram vítimas de violência sexual apontaram professores como os responsáveis. Na África do Sul, professores foram considerados culpados de um terço dos estupros de crianças.



Notícia Estadão
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Com gente é diferente

quarta-feira, 3 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários
Notícia publicada na edição de 31/10/2010 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 3 do caderno A


Os incidentes de Araraquara suscitam uma necessária reflexão sobre o “bullying” no meio universitário, onde os jovens ainda são obrigados a conviver com trotes humilhantes e violentos.

Quem imagina que a universidade pública, em função da seleção rigorosa proporcionada pelos vestibulares, é um lugar onde se reúnem as melhores cabeças de uma geração, certamente ficou chocado com a notícia sobre o “rodeio das gordas”, realizado por alunos do câmpus de Assis da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), durante os jogos universitários em Araraquara, entre os dias 10 e 13 de outubro.

Como parte dos jogos, a título de “brincadeira”, aproximadamente cinquenta alunos participaram de uma competição desumana que consistia em abordar alunas obesas - obviamente, contra a vontade delas - e agarrá-las pelo maior tempo possível, por vezes montando em suas costas ou derrubando-as no chão, como num rodeio.

O caso vazou para a imprensa e a Unesp, instituição de ensino das mais respeitadas no cenário nacional, viu-se às voltas com um escândalo semelhante ao da Uniban, universidade particular de São Paulo onde uma aluna foi hostilizada por dezenas de colegas por usar minissaia, em outubro do ano passado.

A reação indignada dos alunos da Unesp, que fizeram manifestações e exigiram a punição dos envolvidos, mostra que os machões imbecilizados não representam o pensamento médio dos universitários, nem contam com a solidariedade da comunidade acadêmica. Pressionada, a reitoria nomeou uma comissão para apurar as responsabilidades, e deu início a um processo disciplinar contra dois alunos, que participaram da organização do evento.

É cedo para elogiar a direção da Unesp, que fez até agora apenas o óbvio e ainda ficará devendo uma resposta dura, corajosa, aos que foram capazes de tamanha crueldade para com garotas indefesas, em nome de sabe-se-lá qual instinto primitivo. Não são apenas o bom nome da instituição ou a credibilidade de seus dirigentes que ficaram na berlinda depois do lamentável episódio; é a própria crença de que a universidade, enquanto polo avançado de renovação do conhecimento e de discussão da sociedade, seja capaz de oferecer uma contribuição efetiva para a evolução das relações sociais, pela eliminação dos tratamentos discriminatórios e a construção de modelos de relacionamento respeitosos e democráticos.

Os incidentes de Araraquara suscitam uma necessária reflexão sobre o “bullying” no meio universitário, onde os jovens ainda são obrigados a conviver com trotes humilhantes e violentos, praticados não mais na porta da universidade - onde são proibidos -, mas em outros ambientes como festas e repúblicas. O “bullying”, termo que deriva do inglês “bully” (brigão, valentão), aplica-se a toda forma de violência física ou psicológica continuada, muito comum no ambiente universitário, ainda dividido entre “bichos” e “veteranos” e regido por códigos de convivência que desrespeitam os direitos mais elementares das pessoas.

Infelizmente, não há estatísticas sobre desistências causadas por hostilidades entre universitários, mas sabe-se que os castigos impostos aos calouros, obrigados a cumprir “tarefas” como servir os veteranos em festas, dançar e participar de brincadeiras perigosas, geralmente se unem às dificuldades naturais de adaptação nos cursos e numa rotina estressante (que, muitas vezes, implica sair da casa dos pais) para determinar a opção pela desistência, com prejuízos para o aluno, para a instituição de ensino e para a sociedade.

O “rodeio” de Araraquara é apenas a parte visível de um problema infinitamente mais grave e profundo, que precisa ser encarado por todas as autoridades - e não só pela universidade -, sem condescendência. Quem trata os colegas como seres inferiores e mulheres como animais - quem não sabe que ‘com gente é diferente‘, como diz a canção de Vandré e Theo de Barros -, não merece ter sua graduação paga pelos contribuintes. O “bullying”, esteja onde estiver, precisa ser combatido com energia, e seus praticantes, sempre que identificados, colocados em seu devido lugar, que não é outro senão o olho da rua.

Notícia Jornal Cruzeiro do Sul
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O que é bullying?

Postado por Allan Pitz 0 comentários

Atos agressivos físicos ou verbais só são evitados com a união de diretores, professores, alunos e famílias.


Bullying é uma situação que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo inglês refere-se ao verbo "ameaçar, intimidar". A versão digital desse tipo de comportamento é chamada de cyberbullying, quando as ameaças são propagadas pelo meio virtual.

Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas. E todo ambiente escolar pode apresentar esse problema. "A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência", diz o médico pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), que estuda o problema há nove anos.

Segundo o médico, o papel da escola começa em admitir que é um local passível de bullying, informar professores e alunos sobre o que é e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática - prevenir é o melhor remédio. O papel dos professores também é fundamental. Eles podem identificar os atores do bullying - agressores e vítimas. "O agressor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar onde tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz isso no ambiente escolar", explica o especialista. Já a vítima costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na escola quanto no lar. "Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir", afirma Lauro. Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno reage, a tendência é que a provocação cesse.

Claro que não se pode banir as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. O que a escola precisa é distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. "Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?", orienta o médico. Ao perceber o bullying, o professor deve corrigir o aluno. E em casos de violência física, a escola deve tomar as medidas devidas, sempre envolvendo os pais.

O médico pediatra lembra que só a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um agressor. "A tendência é que ele seja assim por toda a vida a menos que seja tratado", diz. Uma das peças fundamentais é que este jovem tenha exemplos a seguir de pessoas que não resolvam as situações com violência - e quem melhor que o professor para isso? No entanto, o mestre não pode tomar toda a responsabilidade para si. "Bullying só se resolve com o envolvimento de toda a escola - direção, docentes e alunos - e a família", afirma o pediatra.


Notícia Revista Escola
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Palavras que machucam: Campanha canadense anti-bullying

terça-feira, 2 de novembro de 2010 Postado por Allan Pitz 0 comentários
Uma antiga campanha canadense contra o bullying. Nesse comercial, o destaque é uma vítima de exclusão e preconceito entre as meninas.

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Internet permite novas dimensões à prática do bullying nas escolas

Postado por Allan Pitz 0 comentários

O bullying, um ato violência física ou psicológica praticados para atingir alguém ou um grupo comumente praticado contra crianças no universo escolar, passou a ter novas características e dimensões com o uso da internet.

Diferente da modalidade tradicional, o ciberbullying garante o anonimato e suas vítimas podem sofrer muito mais pela dimensão que o ato pode alcançar. Pesquisa realizada pela Organização Não-Governamental (ONG), SaferNet em 2008 com 875 jovens internautas, constatou que 38% foram vítimas de ciberbullying e 44% dos amigos "reais" já sofreram esse tipo de violência ao menos uma vez.

O psicólogo e diretor de prevenção e atendimento da Safernet Brasil, Rodrigo Negm, explica que a prática do ciberbullying prolonga a ação, anteriormente restrita ao ambiente escolar, por exemplo, quando o professor ou diretor repreendiam o aluno ou grupo que promoviam a violência.

Hoje, um material difamatório postado na internet, mesmo que seja retirado em pequeno espaço de tempo, pode vir a ser reproduzido por outros internautas, causando um transtorno interminável à vida da vítima.

"Na internet a humilhação, que ficava restrita a um âmbito, geralmente escolar, ganha maior dimensão no espaço público da internet. O mundo inteiro pode ter acesso a esse tipo de agressão. A família, os amigos veem essa mensagem. A criança não consegue escapar da agressão, até porque alguém pode guardar esse material e postá-lo novamente".

O psicólogo dá algumas dicas aos pais que querem saber se os filhos têm sofrido qualquer tipo de agressão do ciberbullying: "sinais de depressão, falta de vontade de ir à escola e brincar com os amigos ou dificuldades para dormir."

Para conter os crimes do ciberbullying, a SaferNet Brasil em parceria com o Ministério Público e a polícia federal criou um canal de denúncias contra crimes na internet: www.denuncie.org.br. Recentemente foi lançado a rede social que promove o uso consciente do mundo virtual, oferecendo ao usuário algumas discussões no endereço www.netica.org.br .

Rodrigo Negm lembra que é preciso manter o diálogo entre pais e filhos para que a vítima se sinta à vontade para denunciar esse tipo de violência.

"A tecnologia mais importante para combater crimes da internet é a relação de confiança entre pais e filhos. É um recurso que vai além de filtros e bloqueios. As crianças elas devem conversar com os pais e contar com a ajuda deles, caso percebam algum tipo de agressão pela internet".


Notícia Estadão
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